O colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu não acatar pedido de interrupção da convocação da assembleia geral extraordinária (AGE) da Fibria, marcada para o próximo dia 13, porque concluiu que não há ilegalidade nas propostas de votação feitas pela empresa. Após a decisão, a Fibria reafirmou a realização da reunião na data programada.
A assembleia da fabricante de celulose vai tratar da reorganização societária da empresa para que seja concluída a incorporação da Fibria pela Suzano Papel e Celulose. O negócio, anunciado em março, prevê a remuneração dos acionistas da Fibria em um valor de R$ 52,50 mais 0,46 ação da Suzano. A operação entre as duas gigantes prevê troca de ações e o pagamento de R$ 29 bilhões da Suzano aos acionistas da Fibria para que a família Feffer assuma o controle da companhia, com 46,4%.
A decisão do colegiado trata da votação da proposta de dispensa de oferta pública de aquisição de ações, prevista em estatuto social. Refere-se também à convocação dos acionistas para que se posicionem sobre o protocolo e justificação de incorporação das ações da Fibria pela Eucalipto Holding, criada para o processo de fusão das empresas, e, em seguida, pela Suzano.
A CVM também considerou que não há ilegalidade na proposta de votação de uma autorização aos administradores a subscreverem as novas ações ordinárias e preferenciais a serem emitidas pela holding e a “praticarem todos e quaisquer atos adicionais que se façam necessários para a implementação e formalização do protocolo e justificação da operação”.
No documento, a CVM não informou quem fez o pedido de indeferimento da convocação da AGE. Porém, o fundo Tempo Capital pediu que a autarquia suspendesse a assembleia. Em documento encaminhado à CVM, a Tempo Capital estimava que a modelagem de incorporação da Fibria pela Suzano resultaria em um gasto adicional. (COM REUTERS). As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.