A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou a abertura de um novo inquérito administrativo para apurar desvios no grupo JBS associados à delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista. O IA CVM nº 3549/2018 apura eventual prática não equitativa por parte do Banco Original S.A., controlado pela holding J&F, em contratos de derivativos de taxas de juros, realizados antes da veiculação, em 17 de maio de 2017, das notícias sobre as delações.

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O novo inquérito decorre do Processo Administrativo 19957.011875/2017-12, aberto em dezembro para analisar operações do banco com contratos futuros de DI1. Esse processo adicionou fatos novos ao Processo Administrativo 19957.004547/2017-60, aberto em maio para analisar a atuação do Banco no mercado de derivativos, mas que havia sido arquivado.

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A informação consta da lista de apurações em curso sobre a JBS, atualizada nesta segunda-feira, 2, no site da autarquia. A instauração de inquérito ainda não é uma acusação formal. Trata-se de um procedimento administrativo que permite ao órgão ouvir os envolvidos, entre outras iniciativas.

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Atualmente, existem três processos administrativos sancionadores em aberto, ou seja, processos com acusação já formulada. Além disso, há um outro inquérito administrativo, uma fiscalização externa, e sete procedimentos de análise (processos administrativos) em aberto envolvendo os controladores da JBS Joesley e Wesley Batista, executivos e empresas do grupo (JBS S.A., FB Participações, Seara Alimentos e Eldorado Brasil). Um oitavo procedimento de análise chegou a ser aberto sobre atuação do Banco Original no mercado de derivativos foi arquivado por falta de indícios de uso de informação privilegiada.