economia

CUT rechaça reforma trabalhista com argumento de que projeto rasga CLT

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, fez uma forte crítica ao projeto da reforma trabalhista. Para o sindicalista, a aprovação do conjunto de reformas da legislação trabalhista, previdenciária e da terceirização “rasgarão a CLT” e terão como resultado a “formalização do bico”.

Freitas defendeu que, com a nova lei, empregadores demitirão empregados formais para recontratá-los em condições piores. “Vai acontecer a demissão dos trabalhadores atualmente contratados pela CLT e que serão substituídos por condições muito inferiores”, disse durante audiência pública que debate a reforma na Câmara.

O presidente da CUT rejeitou a ideia de que a proposta original da reforma foi costurada com os sindicatos. “Não temos a menor concordância com essa proposta. Jamais a CUT negociou qualquer desses dispositivos que precarizam as relações do trabalho”, disse o sindicalista.

Para Freitas, a reforma proposta “se trata de legalizar enormes equívocos”. “Será a precarização indiscriminada. Você vai tirar o direito de todos que têm. Tudo isso para pura e simplesmente aumentar a lucratividade dos empregadores”, disse. “Então, nós temos discordância conceitual com a proposta”, disse.

Diante da expectativa de deterioração das relações trabalhistas, o presidente da CUT disse que não haverá modernização da legislação. “O que acontecerá é a retirada dos direitos. Então, teremos de lutar com a força da greve e a negociação para retomar os direitos”, disse.

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