Os custos industriais continuaram subindo no terceiro trimestre deste ano, segundo levantamento divulgado nesta quinta-feira, 10, pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O Indicador de Custos Industriais aumentou 2,9% no período em relação ao segundo trimestre, desconsiderando os efeitos sazonais. Foi o quarto trimestre consecutivo de alta.
Em relação ao mesmo período do ano passado, o indicador subiu 11%. “O aumento dos custos industriais vem sendo superior ao aumento dos preços dos produtos manufaturados, o que indica uma perda de margem de lucro das empresas”, diz a pesquisa.
Uma das justificativas encontradas para o resultado é a crise econômica que, segundo a CNI, é responsável pela redução de demanda. Só com capital de giro, os custos da indústria subiram 9,5% entre julho e setembro ante o segundo trimestre, um dos aumentos mais expressivos da pesquisa.
Os custos com tributo subiram 0,2% na mesma base comparativa e o custo com produção, que incluem as despesas com bens intermediários, com pessoal e energia, tiveram uma alta de 3,3% no período analisado. Entre os custos com produção, o que mais chamou a atenção foi o aumento de 11% nos bens intermediários importados. No caso da energia, o custo sofreu uma elevação de 0,9% ante o segundo trimestre.
No confronto com o terceiro trimestre de 2014, o custo de energia teve aumento expressivo de 43,9%. Houve ainda um aumento de 12,8% no seu custo de produção. Segundo a CNI, “esse aumento foi puxado, especialmente, pelo crescimento por bens intermediários (insumos e matérias-primas) importados”.
Na comparação interanual foi verificada ainda uma elevação de 21,8% no custo de capital de giro. Já o custo tributário avançou menos de dois dígitos no período, com alta de 2,3%.