Custo de vida teve alta de 0,47% em maio

O custo de vida das famílias curitibanas que recebem de 1 a 40 salários mínimos subiu 0,47% no mês de maio. O item que mais contribuiu para a alta foi o vestuário, com variação de 5,73%. Já os preços do gás de cozinha e da gasolina, que vinham pressionando a inflação nos últimos meses, agora em maio tiveram redução de 17,06% e 2,33%, respectivamente. Desde o início do ano, o IPC de Curitiba acumula índice de 2,75%, enquanto o acumulado de 12 meses é de 6,65%. Esses e outros dados foram divulgados ontem pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

Segundo o técnico do Ipardes, Gino Schlesinger, a expectativa era que o mês de maio fechasse com um custo de vida menor do que o registrado. “Não imaginávamos, por exemplo, que o vestuário aumentasse tanto. A gente esperava alta de 2% a 3%, mas a variação foi de 5,73%”, comentou. Em abril, o grupo vestuário já havia contribuído para a alta do IPC. As alterações de preços mais influentes foram verificadas nos itens agasalho feminino (26,72%), saia e bermuda femininas (31,07%), calça comprida masculina (6,71%), blusa e camiseta infantis (18,08%), blusa feminina (9,07%), agasalho infantil (20,70%) e camisa masculina (4,83%).

Outro grupo que apresentou variação positiva foi o de artigos de residência –

alta de 0,38%. Os produtos com maior influência foram microcomputador (4,47%), roupa de cama (4,82%) e móvel para copa e cozinha, que caiu 2,71%. O item despesas pessoais registrou elevação de 0,63% – as maiores variações foram os preços de funeral (46,47%), ingressos para futebol (15,12%) e brinquedos e jogos (5,09%).

O grupo transporte e comunicação teve alta de 0,08% no mês passado. Contribuíram para este resultado o aumento de preços do automóvel de passeio e utilitário usado (1,19%), item que apresentou a maior contribuição em todo o índice, e a tarifa de ônibus intermunicipal (5,78%).

Queda

Três grupos tiveram diminuição de preços em relação ao mês anterior: habitação (-0,33%), saúde e cuidados pessoais (-0,09%) e alimentos e bebidas (-0,03%).

A queda no grupo de alimentos e bebidas foi influenciada pela redução nos preços do frango inteiro resfriado (6,47%), almoço e jantar (0,77%), cenoura (33,12%), ovo de galinha (7,16%), macarrão com ovos (5,61%), tangerina (28,20%) e do feijão preto (5,62%).

Também com preços menores em maio, o setor de habitação registrou variação negativa de 0,33%, sendo que o item que mais contribuiu para este resultado foi o gás de botijão, com queda de 17,06%. Já no grupo saúde e cuidados pessoais, com recuo de 0,09%, o destaque foi a redução de preços dos medicamentos (0,78%). Os antigripais e antitussígenos ficaram 3,50% mais baratos em maio.

No setor transporte e comunicação, houve redução no preço da gasolina (2,33%), automóvel de passeio nacional zero km (0,67%), passagem de avião (3,65%) e álcool combustível (1,43%).

Projeção

Para o mês de junho, a expectativa é que o IPC fique abaixo de 0,40%, segundo comentou Gino Schlesinger. “Se os alimentos continuarem puxando o índice para baixo, a tendência é de queda”, analisou. Também o grupo vestuário deve ficar próximo a zero, prevêem os técnicos do Ipardes. Em contrapartida, a alta do gás no início do mês e a retirada do desconto no preço da gasolina – custava cerca de R$1,59 e passou para R$ 1,65 -, além da aumento da tarifa de energia elétrica no final desse mês, devem pressionar o IPC de junho, segundo o diretor de estatística, Arion César Foerster.

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