O custo de vida em Curitiba, medido pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para famílias que recebem de 1 a 40 salários mínimos foi de -0,31% no mês de agosto em relação a julho.
Com isso, o acumulado do ano, de janeiro a agosto, ficou em 2,19% – o menor índice desde 1999 – e nos últimos 12 meses em 3,49%. O cálculo foi divulgado ontem pelo Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social).
O Vestuário teve queda de -2,98%, reflexo das liqüidações de inverno, tornando-se o grupo foi o que mais contribuiu para o resultado final do índice geral. Também com variação negativa de -0,84%, o grupo Despesas Pessoais teve como principal contribuição para este resultado a queda nos preços de excursão turística (-15,46%).
Já o setor de Transporte e Comunicação apresentou alta de 0,49%, tendo como principais influências os aumentos em: passagem aérea (29,65%), automóvel de passeio e utilitário usado (1,37%) e seguro voluntário de veículo (7,50%). Destaca-se também álcool combustível e gasolina, que caíram, respectivamente, -6,26% e -2,05%.
O grupo Saúde e Cuidados Pessoais variou em -1,04%, principalmente, em função da queda nos preços de medicamentos (-2,99%), com destaque para os antiinfecciosos/antibióticos (-3,30%) e antiinflamatórios (-3,17%).
A Habitação apresentou alta de 0,38%, destacando-se o aumento de 0,68% nos preços dos aluguéis de moradia. O grupo Alimentos e Bebidas caiu 0,18% e apresentou como principais contribuições: com queda de preços, leite pasteurizado (-5,46%), batata-inglesa (-8,50%) e café em pó (-3,30%) e, com alta, tomate (19,48%).
Para o cálculo da inflação, o Ipardes coleta, mensalmente, em Curitiba, cerca de 60 mil preços de produtos consumidos por famílias que ganhavam de R$ 465,00 a R$ 18.600,00.
A variação de preços dos produtos abrangidos pela Lei que reduziu à alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre 95 mil itens de consumo popular será divulgada amanhã.