O preço da cesta básica de produtos subiu em junho em 12 das 17 capitais do Brasil usadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para realizar a pesquisa mensal da cesta básica, divulgada hoje.
De acordo com os técnicos da entidade, aumentos superiores a 1% ocorreram em quatro capitais, sendo que o maior avanço, de 4,47%, foi registrado em Aracaju. Em Fortaleza, o preço da porção mínima essencial do cidadão foi reajustado em 1,8%, seguida por Florianópolis, com alta de 1,53%, e Curitiba, com aumento de 1,04%. Os demais aumentos oscilaram em níveis inferiores a 1%, sendo que em São Paulo houve um aumento de 0,33%.
Em cinco capitais houve reduções, sendo que em Brasília a queda foi de 2,28%; em João Pessoa, de 0,90%; em Recife, de 0,45%; no Rio de Janeiro, de 0,37%, e em Natal, de 0,12%.
Salário mínimo ideal
Com base no preço médio da cesta básica nacional em junho, o Dieese afirma que o salário mínimo ideal no mês passado seria de R$ 2.046,99. Este valor é 4,4 vezes o salário mínimo vigente, de R$ 465, e um pouco superior ao piso ideal de maio, que era de R$ 2.045,06. Na comparação com junho do ano passado, quando o mínimo ideal estimado era de R$ 2.072,70, o valor do mês passado é menor.
Os cálculos feitos pelos técnicos do Dieese para o salário mínimo com base no preço médio da cesta básica de produtos leva em conta a determinação constitucional que estabelece que o piso salarial pago no País deveria suprir as despesas de um trabalhador e sua família (casal mais dois filho) com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Ainda de acordo com o Dieese, na média das 17 capitais pesquisadas em junho, o trabalhador que ganha o salário mínimo teve de trabalhar 98 horas e 58 minutos, quase igual à jornada exigida em maio, que era de 98 horas e 35 minutos.
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