Um bom currículo é fundamental para conseguir emprego. Ele é a primeira e, às vezes, a única chance de um profissional mostrar suas habilidades. Quando mal feito, pode eliminar qualquer oportunidade de ocupar uma vaga, por mais preparada que a pessoa seja.
O primeiro passo é escolher o tipo de papel: sulfite A4 branco. O segundo passo, independentemente da profissão, é objetividade e clareza. O currículo deve ser bem escrito (nunca ter erros de português) e ter, no máximo, três páginas, isso se a experiência do candidato for extensa. Não é preciso fazer capa e nem colocar a foto do candidato anexada ou impressa no currículo.
“Hoje em dia, os contratantes não têm tempo para passar horas lendo um currículo. Informações confusas e mal organizadas também desanimam quem está lendo”, comenta a diretora da Talento Consultoria em Recursos Humanos, Raquel Santana.
A primeira página deve conter os dados pessoais (não é necessário nome dos filhos e número de documentos), os objetivos profissionais, o histórico profissional e a formação acadêmica. A ordem não precisa ser essa nos dois últimos itens. Para Raquel o ideal é colocar antes o que for mais relevante. “Se a formação acadêmica causar impacto, é bom que ela venha antes do histórico profissional. Caso contrário, o melhor é começar com o histórico mesmo.” O nome do candidato pode vir em destaque e deve estar em todas as páginas.
Atenção aos objetivos profissionais
Na hora de escrever sobre os objetivos profissionais é preciso ter atenção. Nesse tópico, a pessoa terá de dizer, em apenas duas linhas, em qual área pretende trabalhar.
O risco, nesse caso, é ser genérico demais. “É preciso escolher uma área e focar nela. A chance de conseguir um emprego agindo assim é muito maior do que quando a pessoa resolve atirar para todos os lados”, ensina o diretor da Manager Online, Leandro Idesis.
Aquele candidato que já passou por mais de seis empresas também deve tomar outro cuidado. Antes de apresentar a longa série de empresas, a dica de Idesis é produzir um sumário que contenha um resumo das habilidades profissionais e das metas atingidas em alguns empregos anteriores.
As duas últimas páginas são complementares. Elas normalmente contêm informações como conhecimento de idiomas, programas de informática, cursos e, em alguns casos, experiências como voluntário, hobbies e traços da personalidade do profissional.
De acordo com Raquel, o item idioma causa problemas freqüentes. O melhor é não indicar inglês fluente quando, na realidade, ele é intermediário. Durante o processo de seleção, as empresas costumam avaliar o grau de fluência. “O documento serve para ?vender? o profissional. Por isso, honestidade é essencial. Não se deve mentir no currículo. A omissão pode ser uma boa saída. Idade, por exemplo, acima de 45 anos, não precisa estar presente.”
Para evitar que seu currículo vá parar no lixo, a dica é reservar um bom tempo para prepará-lo. Qualquer deslize pode colocar tudo a perder.