O reajuste de 1,13% nos preços da tarifa de ônibus – não aplicado sobre a tarifa promocional cobrada aos domingos – foi o principal responsável pela alta de 0,06% registrada no IPCA-15 de Curitiba, em janeiro, segundo informou ontem o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografía e Estatística).
É o segundo menor índice, perdendo apenas para Recife, que registrou elevação de 0,01%. Em âmbito nacional, o IPCA-15 (cujos preços foram coletados de 11 de dezembro a 14 de janeiro e servem de parâmetro para a inflação oficial, o IPCA) aumentou 0,40%, acima da taxa de 0,29% registrada em dezembro de 2008, mas abaixo do 0,70% registrado em janeiro do ano passado.
O percentual de 0,06 na capital paranaense foi bem menor que o 0,11% registrado em dezembro e teve a colaboração, ainda, dos ajustes realizados em ônibus intermunicipais (3,24%) e interestaduais (2,31%).
No País, apesar da alta nos transportes públicos, o grupo transporte apresentou pequena queda em janeiro (de 0,00% para -0,01%), evidenciando os preços mais baixos tanto dos automóveis novos (-5,08%) quanto dos usados (-3,77%).
A taxa do grupo habitação também ficou mais alta (de 0,32% para 0,50%) com os resultados dos aluguéis (de 0,56% para 1,01%) e condomínios (de -0,08% para 1,09%), assim como dos artigos de vestuário (de 0,78% para 0,84%), que se elevaram de um mês para o outro.
Dessa forma, os produtos não-alimentícios mostraram pequena alta, passando de uma variação de 0,29% em dezembro para 0,31% em janeiro. Os alimentos também sofreram aceleração de um mês para o outro (de 0,34% para 0,72%).
Foram registrados preços mais elevados de produtos in natura, a exemplo das frutas (de 0,91% em dezembro para 2,41% em janeiro) e da batata-inglesa (de 2,40% para 11,87%), e bebidas, com destaque para cerveja (de -0,33% para 2,11%) e refrigerantes (de 0,74% para 2,00%).
Dentre os índices regionais, o maior foi o da região metropolitana do Belém (1,01%), em virtude, principalmente, do reajuste de 13% nos ônibus urbanos, concedido em 20 de dezembro refletindo 10% do resultado de janeiro.
O IPCA-15 indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA; a diferença está no período de coleta dos preços.