Depois de apresentar um Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) próximo a zero (0,03%), em março, Curitiba teve, em abril, o maior índice entre as 11 capitais pesquisadas no País: 0,56%.

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A média nacional fechou em 0,36%, ante 0,11% em março. No acumulado do ano, a capital paranaense tem média idêntica à nacional: 1,51%. Os números foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro.

De acordo com o documento de divulgação da taxa, vários itens, em Curitiba, ficaram acima da média nacional. Os destaques foram o gás de cozinha (6,17%), artigos de limpeza (1,09%), cabeleireiro (5,56%) e manicure (4,49%), além do grupo alimentação e bebidas (0,61%).

Grupos como alimentação fora do domicílio (1,25%), habitação (1,26%) e energia elétrica residencial (1,17%) apresentaram variações positivas significativas na capital, assim como o cigarro (10,32%), cujo imposto foi reajustado recentemente pelo governo federal.

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Nos últimos doze meses, a taxa acumulada ficou em 5,07% em Curitiba, e em 5,4% no Brasil. A média nacional é menor que a taxa dos doze meses imediatamente anteriores (5,65%). Em abril de 2008, o IPCA-15 também foi maior: 0,59%. Atrás de Curitiba, Belém (0,51%) e São Paulo (0,45%) apresentaram as maiores variações em abril.

Nacional

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As maiores pressões de alta no IPCA-15 nacional, em abril, vieram dos itens empregado doméstico, que registrou alta de 1,82%; e cigarro, com elevação de 6,62%. Cada um contribuiu com 0,06 ponto porcentual na aceleração da inflação medida pelo IPCA-15 este mês, que foi de 0,36% (ante 0,11% em março).

De acordo com o IBGE, esses itens, acrescidos ao gás de cozinha (3,20%) e remédios (1,13%), cada um com 0,03 ponto porcentual de contribuição, respondem por 0,18 ponto porcentual no mês, ou metade da taxa total.

O agrupamento de produtos não-alimentícios apresentou variação positiva de 0,39% em abril, acima da taxa de março (0,08%). No que diz respeito aos alimentos, houve aumento de 0,20% em abril, ante 0,21% em março.

Vários itens importantes no consumo das famílias registraram altas de preços, como pescados (5,46%), açúcar refinado (7,81%), ovos (9,04%) e batata inglesa (10,22%). Por outro lado, continuaram em queda o arroz (-1,84%), carnes (-1,98%), feijão carioca (-11,38%) e feijão preto (-12,59%).

Para calcular o IPCA-15, o IBGE coletou preços no período de 14 de março a 13 de abril, e os comparou com os coletados entre 12 de fevereiro e 13 de março. O indicador refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, nas regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. O índice é tido como uma prévia do IPCA, que serve de referência para a meta de inflação do governo.