A Região Metropolitana de Curitiba registrou em junho o menor IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15) entre as onze regiões pesquisadas: queda de 0,38%. Na média do País, o índice avançou 0,12%, bem abaixo da variação de 0,83% registrada em maio. É a menor taxa nacional desde julho de 2003. O IPCA-15 funciona como uma prévia do IPCA – índice utilizado como referência para a meta de inflação e que influencia as taxas de juros. A diferença é a data de coleta de preços.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maior contribuição individual para a desaceleração do índice em junho foi o litro do álcool combustível, que ficou 9,51% mais barato no mês. Curitiba foi quem mais contribuiu para índice, com queda de 17,78%. O preço da gasolina também ajudou a reduzir a taxa de crescimento do IPCA-15, tendo queda média de 1,29%. Na Grande Curitiba, a queda foi de 3,48%.
Além dos combustíveis, outros setores contribuíram para a deflação registrada em Curitiba. Um deles é o de alimentos e bebidas, que teve aumento de 0,04% em nível nacional, ante a queda de 0,13% em Curitiba. Na RMC, os produtos que mais variaram foram, com alta, a cebola (22,62%) e com queda a cenoura (-19,36%), couve-flor (-11,80%), repolho (-11,74%) e batata-inglesa (-8,99%).
Outro setor que também registrou recuo nos preços em Curitiba foi o de produtos farmacêuticos, com queda de 3,04%. A redução se deve essencialmente à guerra de preços entre as grandes redes de farmácias. Já em nível nacional, os remédios registraram alta de 0,16%.
O gás de cozinha também apresentou queda: de 0,69% em Curitiba e 0,17% na média do País. Já a energia elétrica residencial, que subiu 0,38% entre as onze regiões pesquisadas, teve redução de 0,04% em Curitiba. Um dos poucos setores que ficou na contramão foi o de vestuário, com alta de 1,18% na RMC -acima da variação de 0,71% na média nacional.
País
Entre as regiões, o maior resultado foi verificado em Salvador (0,71%), principalmente em razão de aumentos acima da média nacional em energia elétrica (4,64%), gasolina (4,18%), água e esgoto (2,00%), eletrodomésticos (1,69%) e vestuário (1,66%). Já a deflação foi registrada em Curitiba (-0,38%) e Goiânia (-0,14%).
O índice se refere a famílias com rendimento de até 40 salários mínimos e abrange Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia.
