A inflação em Curitiba, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – IPC – do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social) foi de 2,46% nos primeiros 6 meses de 2009.

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O resultado é inferior ao registrado no primeiro semestre de 2008, que havia sido de 3,59%. Esta prévia de 2009 indica que o resultado está dentro da meta do Banco Central para este ano, que é de uma inflação de 4,5% (com uma flexibilidade de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo). O índice do mês de junho foi de 0,84%.

No acumulado dos últimos 12 meses, ou seja, de julho de 2008 até junho de 2009, o índice ficou em 3,72%, o segundo menor resultado desde 1999; maior apenas que o do período de maio/2006 a abril/2007, que foi de 3,64%.

Este foi um semestre marcado, principalmente, pela queda nos preços dos automóveis, destacando-se os de passeio e utilitários usados, que tiveram variação de 7,88%, com contribuição de 0,48 ponto percentual no índice geral de 2,46%.

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Atribui-se esta queda como reflexo da crise econômica mundial, seguida da redução na alíquota do IPI (imposto sobre produtos industrializados), que fez baixar preços de carros zero km e consequentemente dos usados.

 Em contrapartida chamou a atenção a alta nos preços do leite pasteurizado, com variação de 28,93%, contribuindo no total do semestre com 0,35 ponto percentual. Esta alta foi decorrente da seca das pastagens, levando a uma queda na produção (período da entressafra) e consequente elevação nas cotações.

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Neste semestre de 2009, os gastos com despesas pessoais subiu 6,21%, mais que o dobro da inflação geral, o que levou o grupo ao 1.º lugar em influência no índice acumulado do ano (1,00 ponto percentual no total de 2,46).

Neste grupo, as maiores pressões vieram das despesas com serviços domésticos, cigarros e mensalidades de cursos. Em seguida, aparecem os gastos com habitação, que subiram em média 4,03%. Neste caso, o destaque foi o aumento nos preços do aluguel residencial.

Único com queda de preços, o grupo Transporte e Comunicação contribuiu para segurar um pouco a inflação deste primeiro semestre de 2009. Com variação de 1,96% no acumulado, teve como destaque a queda nos preços dos automóveis de passeio e utilitários usados e automóveis de passeio nacionais zero km, além de passagens aéreas, conserto de veículos e álcool combustível. Já os Artigos de residência não apresentaram variação (0,00%), portanto o grupo pouco influenciou na variação de preços.

Os itens com alta que mais pesaram no índice semestral foram: leite pasteurizado (28,93%), aluguel de moradia (5,76%), tarifa de ônibus urbano (14,10%), cigarros (29,35%), empregada doméstica (18,75%), batata-inglesa (90,67%), plano de saúde (7,85%), psicólogo e fisioterapeuta (15,89%), diarista (11,28%), curso fundamental 1.º a 8.º séries (9,30%) e sapato feminino (30,18%).

Já os itens que ajudaram a segurar a inflação nestes seis primeiros meses foram: automóvel de passeio e utilitário usado (-7,88%), automóvel de passeio zero km (-5,28%), feijão preto (-41,32%), passagem de avião (-19,21%), arroz (-15,73%), conserto de veículos (-3,77%), excursão turística (-11,19%), álcool combustível (-4,71%), tomate (-26,27%), teatro (-52,66%) e brinquedos e jogos (-8,78%). O IPC teve a seguinte evolução este ano: janeiro (0,46%), fevereiro (-0,35%), março (0,47%), abril (0,78%), maio (0,24%) e junho (0,84%).