Foto: Fábio Alexandre |
Mensalidades escolares ?pesaram? no índice de fevereiro. continua após a publicidade |
A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15) desacelerou para 0,46% em fevereiro, após alta de 0,52% em janeiro. Entre as onze regiões pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a Grande Curitiba registrou, ao lado de Porto Alegre, o menor índice: queda de 0,12%. Já Salvador apresentou a maior inflação (1,24%).
Em nível nacional, o IPCA-15 acumula alta de 2,91% nos últimos 12 meses.
A meta de inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o ano de 2007 é de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
O reajuste das mensalidades escolares foi o item que mais pressionou a inflação em fevereiro. Elas subiram 4,26% e responderam por praticamente a metade do índice geral (0,20 ponto percentual). Os cursos diversos subiram 3,55% e também puxaram o índice. O grupo educação variou de 3,48% em fevereiro, após 0,16% em janeiro.
Na Grande Curitiba, o cenário não foi diferente. As mensalidades do ensino formal (ensino fundamental, médio, superior, pós, etc) subiram mais do que a média nacional: 5,39%, enquanto as de cursos diversos (como idioma, informática, entre outros) tiveram alta de 3,21%. Com isso, o grupo educação como um todo subiu 4,27%.
Além das mensalidades escolares, outros grupos que pressionaram a inflação na Grande Curitiba em fevereiro foram habitação (alta de 0,24%), alimentos e bebidas (0,41%) – puxado sobretudo por itens como tomate (35,38%) e repolho (39,39%) -, serviços de saúde (0,79%) e comunicação (0,62%), principalmente por conta da telefonia celular, que teve aumento de 2,95%.
Por outro lado, houve queda nos preços dos combustíveis (-6,18%) – a gasolina ficou 6,54% mais barata na comparação com o último levantamento do IBGE, enquanto o álcool recuou 2,97% – do grupo vestuário (-0,63%), especialmente por conta das liquidações de verão; dos produtos farmacêuticos (-0,37%). Além disso, não houve reajuste do ônibus municipal na Grande Curitiba, enquanto na média das regiões metropolitanas houve aumento de 2,10%. Só em Salvador, a tarifa do ônibus subiu 15,29%.
País
Em nível nacional, o grupo alimentação e bebidas apresentou variação de 0,73%, muito próxima à de 0,74%, observada em janeiro. Como conseqüência das chuvas intensas que prejudicaram lavouras, os preços do tomate subiram 42,45%, e as hortaliças ficaram 14,49% mais caras. Em contrapartida, os preços do feijão (-4,03%) e do arroz (-2,26%) recuaram.
Por outro lado, os transportes, que haviam pressionado o índice anterior com 1,03% de variação, tiveram a taxa reduzida para 0,11%. A redução no grupo que detém 21% do total de despesa das famílias se deve principalmente à menor intensidade de alta das tarifas dos ônibus urbanos (de 3,29%, em janeiro, para 2,10%, em fevereiro) e intermunicipais (de 3,26% para 1,08%). Além disso, houve queda significativa nos preços da gasolina (de -0,42% para -1,53%). O álcool, por outro lado, ficou 3,14% mais caro em fevereiro, acumulando 6,79% de aumento em 2007. Já os artigos de vestuário passaram de 0,37% em janeiro para -0,64% em fevereiro.