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 Foto: Ivan Bueno/SMCS

Produtos alimentícios: desaceleração.

Rio – A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,25% em abril, ante 0,37% em março, segundo divulgou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa veio dentro das estimativas de alguns analistas. No ano, até abril, o índice acumula alta de 1,51%, resultado inferior ao apurado no mesmo período do ano passado, de 1,65%. Nos últimos 12 meses, o IPCA ficou em 3,00%.

Curitiba ficou com o segundo menor índice, de 0,23% no mês e acumulado de 1,04% no ano. Perdeu apenas para o Rio de Janeiro, que teve deflação de -0,16%.

O IPCA é o índice oficial de inflação utilizado pelo Banco Central para cumprir o regime de metas de inflação. A meta para este ano é de 4,5%, com tolerância de dois pontos para cima ou para baixo.

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A desaceleração da taxa de março para abril ocorreu especialmente por causa dos produtos alimentícios, que tiveram reajuste de 0,03% em abril, ante elevação de 0,98% em março. Por outro lado, houve aceleração no aumento de preços do álcool combustível (7,34% em abril, ante -0,65% em março). A gasolina subiu 0,66% em abril, pouco menos que o reajuste de 0,72% apurado em março. Houve aumento também na taxa de água e esgoto (0,72%) e artigos de vestuário (0,33%).

O INPC, que mede a inflação para a camada de renda mais baixa da população, ficou em 0,26% em abril, ante 0,44% em março e acumula altas de 1,62% no ano e de 3,44% em 12 meses.

Sem pressões

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A coordenadora de índices de preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Eulina Nunes dos Santos, disse que ?não há pressões fortes? para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de maio.

Segundo Eulina, os impactos já conhecidos para o IPCA de maio são o reajuste de ônibus urbano em Curitiba (5,6% a partir de 26 de abril), além de continuidade dos efeitos dos reajustes dos medicamentos – refletindo ainda o reajuste concedido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 31 de março – e dos cigarros. Conforme ela, haverá pressões de reajustes de energia elétrica em Recife e Salvador, mas elas serão compensadas e neutralizadas pela redução de 10% em Fortaleza, onde ocorreu revisão tarifária.

Os combustíveis responderam pela maior contribuição (0,06 ponto porcentual) do IPCA de abril (0,25%), segundo explicou a coordenadora. O álcool combustível teve reajuste de 7,34% no mês (com participação de 0,03 pp para a taxa) e a gasolina, de 0,66% (também com 0,03 pp).

O principal impacto individual no IPCA do mês foi dado pela batata inglesa, que subiu 36,41% e contribuiu com 0,05 ponto para o índice.

Apesar da estabilidade no grupo dos produtos alimentícios em abril (0,03%), houve reajustes, além da batata, em produtos como o leite (4,15%) e a farinha de mandioca (3,63%).