A Pesquisa Mensal de Emprego (PME), realizada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) e pelo IBGE indicou que a taxa de desemprego na Região Metropolitana de Curitiba no mês de fevereiro ficou em 7,5%, correspondendo a 101 mil pessoas desempregadas. Comparativamente com as outras seis regiões metropolitanas, Curitiba apresentou, pela sétima vez consecutiva, a menor taxa.
Em relação ao mês anterior (7,1%), a pesquisa revelou um acréscimo de 5 mil pessoas sem trabalho na Grande Curitiba. A média do índice nacional de desemprego em fevereiro ficou em 12%. A maior taxa foi registrada em Salvador (17,1%), seguida das de São Paulo (13,6%), Recife (12,7%), Belo Horizonte (11,9%), Rio de Janeiro (8,6%) e Porto Alegre (8,5%).
Em comparação com fevereiro de 2003, quando a taxa de desemprego foi de 9%, a população desocupada na Grande Curitiba teve um decréscimo de 18 mil pessoas. Quanto ao tempo de procura por uma vaga de trabalho, 12,6% aguardaram até 30 dias; 46,2%, entre 31 dias e seis meses; 13,3%, entre sete e 11 meses, e 17,5%, de um ano a menos de dois anos.
PIA e PEA
A População em Idade Ativa (PIA) – pessoas de 10 anos ou mais de idade – foi estimada em 2,293 milhões. Destas, 58,6% (1,343 milhão) eram economicamente ativas (PEA), e 41,4% (950 mil) eram não-economicamente ativas (PNEA). O número de pessoas não-economicamente ativas teve um acréscimo de 1,6% em relação a janeiro de 2004 e de 4,2% em relação a fevereiro de 2003.
A taxa de atividade (relação entre as pessoas economicamente ativas e as em idade ativa) foi de 58,6%. Comparativamente a fevereiro de 2003, a PEA cresceu 2,1%. O número de pessoas ocupadas foi estimado em 1,242 milhão, com decréscimo de 0,5% quando comparado ao de janeiro de 2004. No entanto, em relação a fevereiro de 2003, a população ocupada cresceu 3,8% (representando 45 mil pessoas).
Grupos de atividades
Considerando os grupamentos de atividades, aqueles que apresentaram redução no número de pessoas ocupadas foram: indústria extrativa e de transformação, produção e distribuição de eletricidade, gás e água (4,8%); construção civil (4,5%), e serviços domésticos (7,4%).
Já os grupamentos que tiveram aumento no número de ocupados foram: comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos e comércio varejista de combustíveis (2,5%); intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas (2,1%), e administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais (5,6%).
Em relação a fevereiro do ano passado, todos os grupamentos de atividades apresentaram aumento na taxa de ocupação, exceto indústria extrativa e de transformação, e produção e distribuição de eletricidade, gás e água, que teve queda de 6,5%.
Ocupação
Do total de ocupados em fevereiro de 2004, 72,3% estavam na condição de empregados (898 mil), 20,4% trabalhavam por conta própria (254 mil) e 5,7% eram empregadores (71 mil). Desse mesmo total de ocupados, 48,3% estavam empregados com carteira de trabalho assinada (600 mil), e 17,1% (212 mil) sem carteira assinada.
Na comparação com o mesmo período de 2003, houve acréscimo de 5,3% no número de empregados com carteira de trabalho assinada e de 8,2% no de trabalhadores sem carteira de trabalho assinada. Tanto as categorias dos trabalhadores autônomos (-4,2%) quanto a de empregadores (-13,4%) apresentaram decréscimo no número de pessoas ocupadas.
No setor privado, o número de empregados com registro manteve-se constante em relação a janeiro de 2004, enquanto o de empregados sem carteira de trabalho assinada apresentou variação positiva de 6,8%. Em comparação com fevereiro de 2003, no setor privado houve acréscimo de 10,1% no número de empregados com registro em carteira e de 8,4% entre os sem registro.
Renda média cresceu 3,5%
Em fevereiro, o rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas foi de R$ 850,40 – valor 3,5% superior ao de janeiro (R$ 821,49). Na comparação com fevereiro de 2003, houve uma redução de 5%. Os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada tiveram um pequeno aumento nos seus rendimentos médios habitualmente recebidos (0,9%), e os sem registro, um decréscimo de 2,5%. Os trabalhadores por conta própria apresentaram acréscimo de 5,6% nos seus rendimentos médios habitualmente recebidos em relação a janeiro.
O rendimento médio real efetivamente recebido pelas pessoas ocupadas, referente ao mês de janeiro, foi de R$ 825,81 (3,4 salários mínimos), inferior ao de dezembro de 2003, que foi de R$ 915,26. Os empregados no setor privado com carteira de trabalho assinada tiveram um decréscimo de 18% nos seus rendimentos médios efetivamente recebidos, e os sem registro, de 6,3%. Os trabalhadores por conta própria apresentaram redução de 16,5% em seus rendimentos médios, quando comparados a dezembro de 2003.