A Grande Curitiba registrou em outubro a menor inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no País: 0,16% contra 0,30% na média nacional. Com estes resultados, o IPCA – índice oficial utilizado pelo Banco Central para cumprir o regime de metas de inflação – acumula no ano variação de 2,84% na Grande Curitiba e de 3,30% no País. No acumulado dos últimos 12 meses, a alta é de 3,64% e 4,12%, respectivamente.
Em Curitiba e região metropolitana (RMC), a inflação foi pressionada pelo grupo despesas pessoais, com variação de 0,58% – puxado principalmente pela recreação, com aumento de 0,84% – e por saúde e cuidados pessoais (alta de 0,48%), com destaque para os remédios que ficaram 0,67% mais caros.
Ao contrário do que ocorreu na média nacional – onde a inflação em outubro foi pressionada principalmente pelos alimentos, que subiram 0,52% -, na Grande Curitiba esse grupo permaneceu estável. A alta nos preços dos tubérculos, raízes e legumes (12,46%) e das frutas (9%) foi compensada pela queda no subgrupo leite e derivados (-6,72%) e pescados (-2,28%).
Além disso, itens do vestuário ficaram 0,35% mais baratos em outubro na Grande Curitiba, enquanto na média do País houve alta de 0,72% nos preços.
País
Em nível nacional, a inflação acelerou de 0,18% em setembro para 0,30% em outubro puxada pelos produtos alimentícios, que ficaram 0,52% mais caros. As frutas representaram a maior contribuição individual (0,06 ponto porcentual) para o IPCA de outubro. Houve aumento também nas carnes (1,83%), batata inglesa (14,98%) e feijão carioca (15,85%). O leite pasteurizado registrou queda de 12,84% nos preços.
Os produtos não alimentícios também aceleraram a alta, de 0,11% em setembro para 0,24% em outubro, pressionados por vestuário (0,72%), gasolina (0,36%), gás veicular (1,04%), remédios (0,36%) e telefone fixo (0,11%).
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para a população de renda mais baixa (de um a seis salários mínimos), também ficou em 0,30% em outubro, acumulando alta de 3,70% no ano e 4,78% no período de 12 meses. Na Grande Curitiba, o INPC também foi o menor do País em outubro: 0,06%.
Perfil da inflação
A apenas dois meses do final do ano, o perfil da inflação medida pelo IPCA em 2007 ?já está dado?, com forte pressão dos produtos alimentícios – o que não ocorria desde 2002, ano de choque cambial – e, por outro lado, contribuição dos não alimentícios, sobretudo os administrados, para conter a taxa. Segundo os dados do IBGE, o grupo de alimentos e bebidas, com peso de 21% no IPCA, registrou aumento acumulado de 7,76% de janeiro a outubro deste ano, variação seis vezes maior do que a registrada em todo o ano de 2006 (1,23%).
Somente o leite pasteurizado, o principal vilão da inflação em 2007, acumulou alta de 27,67% de janeiro a outubro, com contribuição de 0,25 ponto porcentual no IPCA acumulado no período (3,30%). Itens como energia elétrica e telefone fixo, ao contrário, vão contribuir para evitar uma alta maior da inflação em 2007.