Curitiba registrou inflação de 1,27% no mês de junho

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) calculado pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) em junho em Curitiba foi de 1,27%. O índice é calculado para famílias que recebem até 40 salários mínimos. Com o resultado do mês, a taxa de inflação acumulada nos últimos 12 meses ficou em 8,08% e nos seis primeiros meses do ano em 6,65%.

Transporte e Comunicação foi o grupo que mais pressionou o IPC de junho, apresentando elevação de preços na ordem de 2,34%. Contribuíram para este resultado: gasolina (5,72%), álcool combustível (10,63%), automóvel de passeio e utilitário usado (1,82%), conserto de veículos (3,18%), automóvel de passeio nacional zero quilômetro (1,00%), tarifa de ônibus intermunicipal (6,25%) e passagem de avião (5,79%). O item gasolina foi ainda o de maior contribuição dentre os pesquisados pelo Índice de Preços ao Consumidor. A variação positiva se deve ao aumento autorizado pelo governo na primeira quinzena de junho. Já a alta do álcool combustível, segundo o diretor-presidente do Ipardes, José Moraes Neto, se deve à recomposição do preço. No ano, o produto acumula queda de 5,39%.

Alimentos e Bebidas formam outro grupo que também sofreu alta, ficando em 1,52%. Os itens que mais contribuíram foram leite pasteurizado (3,54%) e tomate (21,22%). Já o item mamão teve queda de 31,94%, sendo o de maior contribuição negativa em todo o índice.

O grupo Habitação fechou o mês em 0,50%. Entre os itens, destaca-se o aumento de aluguel de domicílio (0,50%).

Também com influência positiva, o grupo Vestuário ficou em 3,55%. As principais contribuições são dos itens: agasalho infantil (48,22%), calça comprida masculina (4,77%) e agasalho masculino (11,62%). Com queda de preços, destaca-se vestido para adulto (7,13%).

Despesas Pessoais variou 1,01%, tendo como maior influência os itens: casas noturnas (7,06%) e empregada doméstica (2,56%).

Já Artigos de Residência continuou registrando deflação, com índice negativo de 0,18%. Contribuíram: móvel para sala estofados e mesinha (-5,33%), tapete (-7,81%) e móvel para sala mesa e cadeiras (-5,36%).

Ainda com variação negativa, Saúde e Cuidados Pessoais fechou em 0,59%, devido às quedas nos preços de medicamentos (1,11%), com destaque para os analgésicos e antitérmicos (2,86%) e de serviços de psicólogo e fisioterapeuta (3,28%).

No mês, dos 343 produtos e serviços pesquisados, 202 itens registraram aumento, 103 queda e 38 permaneceram estáveis. A inflação de junho é a terceira maior do ano, atrás de janeiro (1,72%) e abril (1,44%).

Previsão

Para julho, a previsão é que a inflação seja menor, segundo estimativa do economista Gino Schlesinger. ?O grupo Alimentos e Bebidas não deve ter fôlego para nova alta em julho. Também o Vestuário deve ter queda?, aponta. Com o reajuste de duas tarifas públicas – a energia elétrica e a telefonia -, além do resíduo do aumento da gasolina e do álcool, a expectativa é que a inflação fique entre 0,5% e 0,6%, segundo Gino. Apenas esses quatro itens vão responder por 0,14 pontos. A pressão maior das tarifas públicas, segundo Gino, virá em agosto.

O Índice de Preços ao Consumidor, medido pelo Ipardes, é divulgado mensalmente e está disponível na página do Instituto na Internet, www.ipardes.gov.br. Para o período de referência, foram coletados aproximadamente 70 mil preços de 343 produtos e serviços.

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