Foto: João de Noronha/O Estado |
Carne foi um dos produtos que ajudou a puxar a inflação. continua após a publicidade |
Curitiba registra em novembro o segundo menor IPCA-15 do País, com variação de 0,47%, atrás apenas de Porto Alegre, que apresenta alta de 0,44%. Em nível nacional, a inflação medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ficou em 0,78%. O IPCA-15 funciona como uma prévia do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) – índice utilizado como referência para a meta de inflação e que influencia as taxas de juros. A diferença entre os indicadores é a data de coleta de preços.
Em nível nacional, a inflação foi puxada basicamente por dois grupos: transportes e alimentos que, juntos, foram responsáveis por 64% da taxa do mês de novembro. O grupo transportes registrou alta de 1,31%. O comportamento dos preços foi influenciado pela alta das passagens aéreas (13,21%), da gasolina (1,26%), do álcool (7,66%) e dos ônibus urbanos (1,48%). Em Curitiba, o grupo transportes apresentou alta ainda maior: de 1,59%. As principais influências vieram das passagens aéreas (que subiram 14,52%). Já a gasolina subiu 0,94% e o álcool, 9,37%. O automóvel novo também teve um pequeno aumento em Curitiba (0,16%), enquanto em nível nacional houve queda de 0,50%.
O grupo alimentação e bebidas, com alta de 0,99% na média nacional, foi puxado pela subida de preço das carnes. Elas ficaram 5,58% mais caras e representaram a principal contribuição individual no mês, com 0,15 ponto percentual. Já em Curitiba, o grupo permaneceu praticamente estável, com variação de 0,02%. A carne bovina também subiu (1,89%), mas bem menos do que a média nacional. Produtos in natura, como batata-inglesa, cenoura e pimentão também tiveram altas significativas em Curitiba, de 18,13%, 12,27% e 11,02%, respectivamente.
Outras variáveis
O reajuste de energia elétrica nas regiões metropolitanas de Fortaleza e Recife também colaborou para pressionar o IPCA-15. A conta de luz ficou em média 1,27% mais cara. A variação de Fortaleza refletiu a maior parte do reajuste de 8,5% aplicado a partir de 8 de outubro. Em Recife, o reajuste foi aplicado integralmente no índice do mês. As contas ficaram 15,78% mais caras desde 14 de setembro. Em Curitiba, o reajuste da energia elétrica foi aplicado em julho.
Outros itens pressionaram a inflação de novembro, como vestuário (1,15%), empregado doméstico (1,07%), recreação (1,07%), plano de saúde (1,01%) e condomínio (0,88%).
Entre as regiões pesquisadas, a maior alta foi verificada em Goiânia (2,14%) em razão do aumento nos preços dos alimentos e dos transportes. A menor taxa foi verificada em Porto Alegre (0,44%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,48% e nos últimos 12 meses, de 6,36%. O índice se refere a famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos e abrange Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia.