A Grande Curitiba registrou em novembro a maior inflação medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do País: alta de 0,63%. Em nível nacional, a taxa de inflação oficial manteve-se estável em 0,31%, com pequena queda na comparação com outubro (0,33%). Apesar da elevação acentuada, Curitiba acumula no ano IPCA de 2,35% – abaixo da inflação do Brasil, que é de 2,65%. No acumulado dos 12 meses, o IPCA em Curitiba também é menor: 2,70% contra 3,02% em nível nacional. Os dados foram divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Segundo o economista Sandro Silva, do Dieese-PR, os itens que mais pressionaram a inflação em Curitiba no mês passado foram o álcool combustível, com alta de 2,95%, a gasolina (2,27%), remédios (1,86%), alimentos (1,21%) e vestuário (1,04%).
Em nível nacional, os produtos alimentícios foram os que mais pressionaram a inflação. Eles apresentaram alta de 1,05%, contribuindo com 0,21 ponto percentual para o índice, seguindo a tendência de crescimento do mês de outubro, quando ficou em 0,88%. Com isso, o grupo alimentação e bebidas foi responsável por 70% do resultado de novembro.
Vários produtos tiveram alta durante o mês, em período considerado de entressafra. Segundo o IBGE, os consumidores pagaram mais pelo tomate, que chegou a ficar 29,63% mais caro, seguido pelo frango (5,77%), arroz (5,32%) e feijão (3,03%).
Outro item que pressionou a inflação em novembro foi o cigarro, que ficou 4,63% mais caro na média nacional; em Curitiba, a alta foi de 6,89%. Ele e o tomate, com 0,04 ponto percentual cada um, deram as maiores contribuições individuais ao IPCA de novembro. O grupo vestuário, com alta de 0,65%, e plano de saúde (0,75%) mantiveram igualdade com os percentuais de outubro. Entre os combustíveis, o preço do álcool (-0,86%) caiu menos em relação a outubro (-3,28%), enquanto a gasolina caiu mais (-0,17% em novembro contra 0,11% em outubro).
O IPCA é o índice adotado pelo governo para guiar o sistema de metas de inflação do país. O cálculo do IPCA considera os gastos de famílias com rendimento de um a 40 salários-mínimos, em nove regiões metropolitanas do Brasil.
INPC
Já o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) apresentou alta de 0,71% na Grande Curitiba – a maior variação do País – e de 0,42% em nível nacional, ficando próximo ao resultado de outubro (0,43%). O acumulado do ano foi de 1,53% em Curitiba e de 2,18% em nível nacional, menor do que a taxa do mesmo período de 2005 (4,63%).
O INPC se refere ao gastos de famílias com rendimentos de um a seis salários mínimos e abrange nove regiões do país. Para esse grupo, os produtos alimentícios tiveram variação de preços de 1,14% e os não alimentícios de 0,15%.
