A Grande Curitiba registrou em novembro o maior IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15) do país: 0,97%, bem acima da média nacional de 0,37%. Em Curitiba, a inflação foi pressionada pelos combustíveis, que subiram 6,90% – alta de 6,89% na gasolina e de 8,04% no álcool. Com exceção do Distrito Federal, as outras nove regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) tiveram redução no preço tanto do álcool como da gasolina.
Outro grupo que pressionou a inflação em Curitiba foi alimentos e bebidas, com alta de 1,66%. Entre os produtos que mais subiram, destaque para o tomate (24,45%) e a tangerina (19,61%). Entre as carnes, a bovina ficou 6,48% mais cara e o frango inteiro, 7,07%. Já pescados em geral tiveram uma redução de 0,35% nos preços.
Os remédios também contribuíram para a alta da inflação: eles subiram 0,92% em Curitiba, enquanto na média nacional os preços recuaram 0,18%.
País
Em nível nacional, foram os alimentos que mais pressionaram a inflação. Em novembro, os preços subiram 1,35%, ante 0,47% observado em outubro. O resultado foi uma aceleração do IPCA-15 de 0,29% para 0,37%. Com este resultado, o IPCA-15 acumula no ano variação de 2,60%, e nos últimos 12 meses, de 2,99%.
Em período de entressafra, as carnes ficaram 4,23% mais caras e, junto com o frango, que passou a custar mais 13,03%, somaram 0,14 ponto percentual de contribuição no índice do mês.
Só o grupo alimentação e bebidas contribuiu com 0,27 ponto percentual do IPCA-15, ou 73% do índice do mês. Outros itens que pesaram nas despesas foram: tomate (28,01%), batata-inglesa (6,63%), farinha de mandioca (4,66%), carne-seca (3,76%), frutas (3,39%), lingüiça (2,34%) e arroz (3,65%).
Com os aumentos ocorridos nos preços dos alimentos, subiram, também, as refeições consumidas nos restaurantes, que avançaram 0,94%.
Mesmo assim, alguns produtos alimentícios continuaram em queda, como o açúcar cristal (-7,66%) e açúcar refinado (-3,26%), cenoura (-9,83%) e leite pasteurizado (-1,04%).
O maior resultado regional foi registrado em Curitiba (0,97%), seguido por Belém (0,63%) e Brasília (0,54%). O menor resultado ficou com Goiânia (0,14%).
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados de 12 de outubro a 13 de novembro e comparados com os vigentes de 13 de setembro a 11 de outubro. O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA – índice utilizado pelo governo como meta da inflação; a diferença está no período de coleta dos preços.
