Foto: João de Noronha/O Estado |
Encher o tanque ficou bem mais caro. continua após a publicidade |
A Grande Curitiba registrou em março a maior inflação medida pelo IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15) do País, com alta de 0,61% – bem acima da média nacional, que ficou em 0,37%. O item que mais pesou no bolso do consumidor curitibano e no índice de inflação foi a gasolina, com alta de 4,73% – a maior do País. Os dados foram divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Conforme o levantamento, os combustíveis continuaram exercendo forte pressão sobre a inflação em março. Em nível nacional, os preços dos combustíveis subiram 3,31%, com destaque para o álcool, que aumentou 7,69%. Já o litro da gasolina ficou 2,17% mais caro. Em Curitiba, a alta foi ainda mais acentuada: de 5,56% para os combustíveis em geral, 7,85% para o álcool combustível e 4,73% para a gasolina.
Os artigos do vestuário na Grande Curitiba também subiram mais do que a média das onze regiões metropolitanas: alta de 0,25%, contra queda de 0,11% em nível nacional. Também os móveis tiveram aumento expressivo: 1,63%, enquanto no País houve queda de 0,42%. Os custos com o veículo próprio também foram maiores: alta de 0,38% em Curitiba contra crescimento de 0,14% em nível nacional. Outros itens, porém, registraram sentido inverso. Caso dos medicamentos, que subiram 0,31% na média brasileira e caíram 0,24% em Curitiba.
Nível nacional
Em nível nacional, o IPCA-15 mostrou que a inflação perdeu fôlego, passando de 0,52% em fevereiro para 0,37% em março. Segundo o IBGE, o resultado foi influenciado pela redução dos efeitos de alta das mensalidades escolares. Depois de uma alta de 5,38%, em fevereiro, elas registraram variação de 0,80% em março. Alguns itens de consumo também contribuíram para a desaceleração, como os artigos de vestuário, que tiveram queda de 0,11% em razão das promoções, e os aparelhos de TV, som e informática, que tiveram queda de preços de 1,75%.
Os alimentos apresentaram queda de preços, mas com um ritmo bem inferior ao registrado em fevereiro. A taxa deste grupo passou de -0,40% para -0,08%. Produtos como feijão preto, tomate e carnes tiveram uma queda de preços menor do que a do mês anterior. Já o preço do frango teve queda de 8,45%, mais intensa do que a de fevereiro, de -5,03%.
Outros produtos ficaram mais em conta para o consumidor. O arroz passou de 1,47% em fevereiro para -0,98% em março. As frutas registraram queda de 1,24% após uma alta de 5,44% em fevereiro.
O IPCA-15 funciona como uma prévia do IPCA (índice utilizado como referência para a meta de inflação e que influencia as taxas de juros). A diferença entre os indicadores é a data de coleta de preços.
O índice se refere a famílias com rendimento entre um e 40 salários mínimos e abrange Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia.