A alimentação, o vestuário e os transportes foram os grupos de produtos que mais pressionaram o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) curitibano em maio.

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O indicador, medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado ontem, ficou em 1,02% no mês. A taxa, que veio após um índice de 0,10% em abril, é a maior do ano na capital e Região Metropolitana, e a segunda maior entre as 11 cidades pesquisadas.

No acumulado do ano, no entanto, a taxa de Curitiba, de 2,81%, é a quarta menor entre os municípios pesquisados pelo IBGE. Já nos últimos 12 meses, os preços médios subiram 5,06%.

Na média nacional, o índice de maio teve variação de 0,63%, também superior ao de abril (0,48%). O acumulado do ano ficou em 3,16% e, nos últimos 12 meses, a taxa é de 5,26%.

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Os alimentos, que mais vêm pressionando a inflação, este ano, ficaram com taxa de 1,42% no mês – a terceira maior entre os grupos pesquisados -, e já acumulam alta de 7,16% em 2010, na Grande Curitiba.

O grupo de itens comprados para serem consumidos em casa são os que mais vêm aumentando no ano (8,93%). Em maio, porém a taxa de 1,36% foi superada pelo grupo de alimentação fora do domicílio (1,53%).

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Individualmente, os itens que mais subiram no período pesquisado foram a batata (20,48%), a cebola (13,29%), o feijão-preto (11,39%), a massa semipreparada (6,88%) e o açúcar refinado (5,35%).

Mas reajustes em produtos importantes, como o leite pasteurizado (4,41%) e as carnes (2,03%), também preocupam o IBGE. As maiores baixas foram na tangerina (-20,16%) e no tomate (-16,23%).

No ano, os maiores reajustes, entre os alimentos, aconteceram no repolho (92,57%), na batata (78,48%), na alface (58,45%), na couve-flor (50,78%) e no brócolis (43%). Também se destacam as taxas do açúcar refinado (34,73%) e do leite pasteurizado (33,51%).

Roupas

No último IPCA-15, o grupo de produtos que teve o maior aumento, em Curitiba, foi o de vestuário (2,15%). Os acréscimos aconteceram na maioria dos itens, com destaque para a camiseta infantil, que subiu 5,68%, e o agasalho masculino, que aumentou 5,35%. O IBGE atribuiu o índice aos “aumentos ocorridos com a entrada na nova coleção”. No ano, a alta do grupo é de 3,68%.

Os produtos e serviços do grupo de transportes foram os que tiveram a segunda maior média entre os grupos, com taxa de 1,82%. Os combustíveis tiveram papel determinante no índice, graças a aumentos tanto na gasolina (3,61%), como no etanol (3,17%).

O seguro de veículos (4,58%), o estacionamento (2,73%), os carros usados (2,60%) e as motocicletas (2,09%) também tiveram aumentos acima da média do grupo. O maior reajuste, porém, foi na tarifa de táxi, que aumentou 6,25%.

O IPCA-15 é uma espécie de prévia do IPCA, indicador que é considerado a inflação oficial. Para chegar ao índice, o IBGE coletou preços vigentes entre 14 de abril e 13 de maio e os comparou com os cobrados de 16 de março a 13 de abril. Na pesquisa, são considerados produtos consumidos por famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos.