Inflação

Curitiba registra IPC de 1,04% em abril, aponta levantamento

 O Índice de Preços ao Consumidor de Curitiba para as famílias que recebem de 1 a 40 salários mínimos foi de 1,04% no mês de abril, patamar 0,44 pontos percentuais acima da taxa do mês março (0,60%). O movimento de aceleração também é observado na comparação com o mês de abril de 2013, em que a variação foi de 0,52%.

O resultado atual foi influenciado pelos preços de pacotes turísticos nacionais e internacionais, motivados pela Copa do Mundo e pelo início da temporada de verão no hemisfério Norte. O índice acumulado em 2014 está em 2,77%, frente à taxa de 2,31% do mesmo período do ano anterior.

Entre os grupos de despesas destacam-se a variação negativa em Comunicação (-1,01%) e as altas em Despesas Pessoais (5,36%) e Alimentos e Bebidas (1,34%).

As maiores influências sobre o grupo Despesas Pessoas foram dos pacotes turísticos nacionais e internacionais. O primeiro item, com variação de 27,42%, está relacionado ao aumento de preços nas cotações para 60 dias, que coincidem como o período da Copa do Mundo no Brasil. Já os pacotes turísticos internacionais oscilaram 36,80% devido ao início da alta temporada no hemisfério Norte. No outro extremo observou-se a queda de 1,72% no preço de ração para cães. Em março, Despesas Pessoais havia apresentado taxa de -2,40%.

O grupo Alimentos e Bebidas foi influenciado pelas variações de 5,43% em leite pasteurizado integral, 1,05% em refeição fora de casa e de 24,52% em batata-inglesa. Por outro lado, os preços de tomate, com retração de 21,83%, e da laranja pêra, com queda de 5,07%, contribuíram para a contenção de uma alta de maior intensidade nos preços deste grupo, que no mês anterior havia acelerado em 2,59%.

O grupo Transporte apresentou aceleração menos intensa ao variar 0,40% frente à taxa de 0,60% do mês de março. Os principais itens influentes foram a alta de 1,31% do automóvel nacional usado e a queda de 8,05% de passagem aérea.

O comportamento do grupo Saúde e Cuidados Pessoais apresentou oscilação de 0,52% em março e de 0,91% em abril. As maiores contribuições vieram dos aumentos de 2,44% em plano de saúde e de 2,88% em creme de pele e bronzeador. Com queda, destacam-se medicamentos antidepressivos (-7,59%), antigripal e antitussígeno (-4,41), e remédios para estômago (-4,00%).

O grupo Habitação apresentou aumento de 0,58% em comparação à de 0,52% registrada em março. Os destaques foram os aumentos da tarifa de água e esgoto em 3,06% e aluguel residencial em 0,51%. As taxas de condomínio apresentaram retração de 0,88%.

Único grupo de despesa a exercer pressão negativa, Comunicação fechou o mês de abril com taxa de -1,01%, resultando em retração mais intensa que o mês de março (-0,46%). O item de maior contribuição para este resultado foi serviço de telefonia celular, com redução de 7,90%.

 Os Artigos de Residência, ao contrário do resultado obtido no mês anterior (-0,55%), tiveram alta em seus preços em 1,07%, devido ao acréscimo de 25,71% em consertos de máquina de lavar roupa. Já as maiores contribuições com queda foram os itens cama para adulto (-3,94%) e aparelho de TV (-1,65%).

O grupo Vestuário apresentou incremento de preços menor, com alta de 0,54% ante o índice anterior de 1,96%. Os destaques com aumento foram calça comprida feminina (7,24%), sapatos femininos (6,33%), agasalho masculino (8,87%) e terno (5,28%). Já os preços de blusas femininas, sapatos masculinos e tênis adulto apresentaram declínio de 7,90%, 4,73% e 4,75%, respectivamente.

O grupo Educação saltou de 0,02% em março para 0,10% em abril, estabilidade que não influenciou o resultado final do índice.