Curitiba ganhará neste ano o Mercado de Orgânicos

Em 2006, Curitiba vai ganhar o primeiro Mercado Permanente de Produtos Orgânicos do País. A pedra fundamental deve ser lançada em março, por ocasião das Conferências das Nações Unidas sobre Biodiversidade e Biosegurança, que serão realizadas na cidade. O mercado será construído pela Prefeitura em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, que já repassou R$ 1,8 milhão para a primeira etapa do projeto. O edital de licitação será lançado no início do ano.

?Agroecologia é uma das ferramentas do desenvolvimento sustentável, com base na agricultura familiar?, diz o secretário municipal do Abastecimento, Antonio Poloni. ?O novo centro de comercialização vai favorecer pequenos produtores rurais da região metropolitana de Curitiba e o mercado consumidor da capital?, avalia o secretário.

O Mercado de Orgânicos vai ficar ao lado do Mercado Municipal, na Rua da Paz. Os prédios serão integrados para que o público possa circular entre os dois espaços. O mercado terá dois pisos e estacionamento, num total de 3.700 metros quadrados de área construída. O centro será ocupado por 21 lojas de produtos e praça de alimentação exclusivamente orgânica. O segundo piso terá uma cozinha experimental e uma sala de eventos, que poderão ser utilizadas para lançamentos de produtos e cursos de empreendedorismo. A previsão é que o mercado seja inaugurado em outubro de 2006.

A Secretaria do Abastecimento vem promovendo reuniões entre os agricultores dos municípios vizinhos, entidades e cooperativas de produtores orgânicos do Paraná, Sebrae, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural e Ministério do Desenvolvimento Agrário.

?Os encontros servem para que o projeto seja construído de forma participativa, e também para estimular o entrosamento desses diversos atores com o objetivo de ganho coletivo, tanto para os produtores e comerciantes, quanto para a sociedade em geral?, afirma o secretário Poloni.

Áreas protegidas

Mais de 50% dos municípios que compõem a região metropolitana de Curitiba estão inseridos em alguma categoria de proteção ambiental e, portanto, sofrem restrições legais para produção convencional. A agricultura orgânica foi uma das soluções encontradas por muitos produtores de continuar trabalhando no campo, e assim manter a vocação agrícola da região. 

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