Curitiba ganhará em 2008 o maior shopping center do Sul do País, o Palladium. Os 180 mil metros quadrados de área serão resultado de um investimento de R$ 280 milhões e agregarão 354 lojas, centros de eventos e prédios de escritórios, tudo de acordo com as demandas do público curitibano. Além disso, o shopping sediará o primeiro cinema do estilo Imax do País, capaz de envolver o público com filmes em telas enormes e imagens de alta definição.
Para o diretor do Grupo Tacla – responsável pelo empreendimento -, Anibal Tacla, a idéia é atrair públicos diversos para as atividades de lazer e compras, que, juntas, vêm permitindo ao segmento ampla expansão em âmbito local e nacional. Os resultados são postos de trabalho e retorno financeiro. ?Será um pólo gerador de empregos. Prevemos seis mil vagas de empregos diretos e 15 mil de indiretos?, adianta.
O faturamento, estimado em R$ 455 milhões ao ano, é equivalente ao dos principais shopping centers do País e deve resultar, entre outras características, da localização privilegiada – no cruzamento entre as avenidas Presidente Kennedy e República Argentina, bairro Portão – e da possibilidade de participação de classes diversificadas nas compras. ?É o centro geográfico de Curitiba. Nos arredores do terreno, 86,6% da população pertence à classe média, acima da média da capital, que é de 76%. A cada ano o mercado tende a ficar mais ágil, por isso incluiremos as classes C e D abrigando lojas para todos os tipos de perfis?, explica.
O conceito que deu origem ao projeto é baseado na experiência norte-americana de agregar compras, serviços, eventos, lazer e entretenimento em locais protegidos e direcionados à família. ?A diferença é que, enquanto temos cerca de 300 empreendimentos dentro dos padrões de shopping estabelecidos pela Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) no País, os EUA têm em média 44 mil. Isso se deve tanto ao público quanto ao potencial de investimento, lá as empresas têm alto poder de captação de recursos financeiros. Ainda assim, acredito que é um segmento em expansão no Brasil?, analisa.
Além de corredores extralargos e vários setores de eventos, o novo shopping terá estacionamento externo adaptável a shows para até dez mil pessoas e complexos como o boulevard, incluindo prédios de escritórios e um espaço que privilegiará a vida noturna, com bares, restaurantes e discotecas funcionando em horários estendidos.
Cinemas
A capital paranaense será a primeira cidade do País a sediar um cinema da rede canadense Imax, que reproduz filmes com alta definição de imagem em uma tela de 400 metros quadrados, podendo usar recursos de segunda e terceira dimensões. Com capacidade para 400 pessoas, a experiência da sala em Curitiba deve servir de parâmetro para compreender a repercussão do cinema em território nacional, bem como os faturamentos previstos. ?Curitiba tem renda per capita vantajosa em relação à média nacional?, cita a vice-presidente da Imax Corporation, Romi Schutzer.
Voltado para documentários, filmes educativos e superproduções, o empreendimento demanda investimentos da ordem de US$ 2,5 milhões e deve estimular o empresariado brasileiro a investir em produções dentro do formato específico, voltadas para o público externo e, no Brasil, por enquanto com exclusividade para o curitibano. ?Há exemplos de filmes que retiraram 20% de seu faturamento total em todo o mundo apenas nas salas Imax, que representam 1% das telas?, completa. No cinema de Curitiba as entradas poderão custar, no caso dos filmes em segunda e terceira dimensões, entre 25% a 50% a mais que nas salas convencionais.