Curitiba é a segunda melhor cidade brasileira e a quinta melhor da América Latina para se fazer negócio. O ranking é da revista América Economia, publicado na edição de maio com o título ?Em busca da cidade criativa?, que levou em conta as principais economias latino-americanas ou aquelas que têm relevância para os negócios realizados no continente. À frente da capital paranaense estão Santiago, no Chile; Miami, nos Estados Unidos; São Paulo, no Brasil; e Monterrey, no México.
Com uma população de 2,9 milhões de habitantes, a Grande Curitiba tem um Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 15.969 milhões, um indicativo do potencial para atrair novos negócios. Entre as 40 principais cidades da América Latina pesquisadas, Curitiba possui o 15.º maior PIB. Mas, se for avaliado o PIB per capita, a posição de Curitiba é ainda melhor, com a cidade ocupando o 13.º lugar, com US$ 5.447.
Seguindo uma metodologia internacional em que o PIB per capita é ajustado com o custo de vida e índices de violência das cidades pesquisadas, o PIB do curitibano passa de US$ 5.447 para US$ 7.156.
O presidente da Curitiba S.A., empresa responsável pelo fomento do desenvolvimento econômico da capital, Juraci Barbosa Sobrinho, diz que a cidade possui infra-estrutura que a habilita a receber empresas de qualquer porte, principalmente as que utilizam alta tecnologia. Prova disso, é que a cidade possui empresas como a Kraft Foods e a Siemens, que chegaram a instalar na cidade centros próprios de pesquisa de novas tecnologias que são levadas para várias regiões do País.
Metodologia
Para a divulgação do ranking, a revista fez inicialmente a seleção das cidades, considerando o Produto Interno Bruto (PIB), o custo de vida e as diferenças de poder aquisitivo de seus povos. Além disso, foram considerados os índices de violência e o custo que eles representam para as cidades.
Numa segunda fase, foi feita a análise do custo e benefícios que recaem sobre as multinacionais que decidem instalar-se em uma cidade. Neste sentido, como benefício avaliou-se a competitividade das telecomunicações como serviço tecnológico de maior relevância para a eficiência da operação da sede de uma empresa. Curitiba teve sua competitividade considerada média pela pesquisa.
Ainda nesta fase, a pesquisa avaliou a qualidade de vida de 235 cidades; os índices de segurança e as taxas de criminalidade oficiais, medidas pelo número de homicídios. Por último foi feita uma consulta com os leitores da revista América Economia. Ao todo, 1.375 executivos caracterizaram as cidades de acordo com o seu potencial de negócios e qualidade de vida. O índice de segurança de Curitiba foi apontado como regular pela revista, o que a colocou na 11.ª posição entre as cidades menos violentas da América Latina.
São Paulo
Com uma população de 18,6 milhões de habitantes, São Paulo é apontada pela revista América Economia como a cidade que tem o maior potencial para se transformar na capital latino-americana dos negócios. A cidade, que abriga os grandes clientes da América Latina, possui um PIB de US$ 92.128 milhões, o segundo maior do continente latino-americano. O valor arrecadado pela Grande São Paulo perde apenas para a Cidade do México, que tem o Produto Interno Bruto que chega a US$ 203.257 milhões.
Curitiba perde para a capital paulista na arrecadação de impostos, mas se destaca da Grande São Paulo na análise do PIB per capita. Enquanto o PIB dos curitibanos é de US$ 5.447, o dos paulistas é de US$ 4.946, o que coloca a Grande São Paulo na 16.ª colocação no ranking da revista, três posições atrás de Curitiba.
A capital paranaense também fica à frente de São Paulo na análise do PIB per capita, ajustado com o custo de vida e os índices de violência das cidades pesquisadas. Neste caso, enquanto o PIB do curitibano é de US$ 7.156, o dos paulistas é de US$ US$ 5.381, o 17.º entre as principais cidades latino-americanas.
A capital paranaense também se destaca de São Paulo quando o assunto é segurança. Enquanto a taxa de homicídios de Curitiba é de 19,3 crimes para cada 100 mil habitantes, a de São Paulo chega a 30,8 assassinatos para cada 100 mil moradores da cidade.