Cunha critica proposta de elevação da CSLL além do que governo propôs na MP 675

O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), criticou nesta quarta-feira, 19, a ideia de elevar ainda mais a alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) a ser paga pelos bancos, dentro da tramitação da Medida Provisória 675. Inicialmente o governo propunha uma elevação de 15% para 20%, mas a relatora da MP, senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), indicou que pode elevar para 23% o porcentual a ser cobrado das instituições financeiras. O peemedebista disse que há risco de impacto negativo na economia, com os bancos repassando a alta para a taxa de juros.

“Essa história de achar que tributa o setor que está ganhando dinheiro e que você não tem impacto na economia é um erro”, afirmou. “Quando você tributa os bancos, eles vão repassar para a taxa de juros. Isso tem influência na economia”, completou. Para Cunha, aumentar a CSLL mais do que o governo propôs “pode ser um exagero”. “A proposta do governo já é ousada, deveria ter um tempo limitado”, opinou.

Diante das resistências de setores ligados aos bancos em aprovar uma elevação da CSLL, a senadora não adiantou se aceitará voltar de 23% para 20% o porcentual a ser pago pelas instituições financeiras, a fim de garantir a viabilização do texto na comissão mista da MP.

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