A CSN ofereceu cerca de US$ 2,5 bilhões ao grupo alemão ThyssenKrupp para ficar com uma laminadora de aço nos Estados Unidos e com um pedaço da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Rio de Janeiro, segundo apurou o Estado, com fontes ligadas à operação.
A parte da proposta que envolve CSA já foi comunicada informalmente à Vale, que é sócia dos alemães e precisa dar sua aprovação para que a operação siga adiante. A mineradora pediu um documento com a oferta por escrito, conhecido como proposta vinculante no mundo dos negócios, para iniciar sua avaliação. Qualquer decisão, no entanto, ainda deve demorar.
Pela proposta em discussão, a CSN ficaria com 100% da laminadora situada no estado americano do Alabama e com cerca de 33% da CSA – o porcentual ainda está sendo discutido. Por esse desenho, a Thyssen permaneceria como sócia da unidade brasileira e, nessa condição, aceitaria receber menos do que os US$ 3,8 bilhões que desejava levantar no começo. A Thyssen tem 73% da CSA e a Vale, 27%.
Comandada pelo empresário Benjamin Steinbruch, a CSN já tem uma linha de financiamento de aproximadamente US$ 1 bilhão acertada com o Bradesco, que também é seu assessor financeiro na operação, e com o Banco do Brasil (BB).
Além disso, a siderúrgica de Steinbruch negocia com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) um financiamento de aproximadamente R$ 800 milhões para bancar investimentos necessários na planta do Rio de Janeiro.
Procurados, CSN, BNDES, Bradesco e Banco do Brasil não quiseram se manifestar. A Thyssen divulgou um comunicado em que afirma estar em “negociações intensas pela venda da Steel Americas”, a empresa que controla a CSA e a laminadora do Alabama.
O grupo ítalo-argentino Techint, que no Brasil controla a Usiminas e chegou a ser apontado como favorito à compra da CSA, informou esta semana que desistiu de participar do processo de venda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.