CSN contrata 700 e prevê mais 200 vagas até outubro

Os sinais de reaquecimento na demanda por produtos siderúrgicos levaram a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) a contratar 700 pessoas e outras 200 vagas devem ser abertas até outubro. A informação foi dada hoje pelo diretor comercial da empresa, Luís Fernando Martinez, que, em entrevista à imprensa, traçou um cenário favorável para a recuperação do setor neste semestre.

A CSN chegou a demitir cerca de 1 mil trabalhadores entre o fim do ano passado e início deste ano para se ajustar ao cenário de forte retração na demanda mundial por produtos siderúrgicos, após o agravamento da crise, em setembro de 2008. Em julho de 2009, a empresa começou a recontratar trabalhadores. Ao todo, 411 já voltaram à usina de Volta Redonda (RJ).

O grupo também tem planos de aumentar a folha de pagamento da Namisa, empresa em que a CSN tem 60% de participação. A expectativa é contratar 800 pessoas para a unidade da Namisa em Congonhas (MG).

Segundo Martinez, a CSN já voltou a trabalhar a plena capacidade com a entrada em operação, em junho, do alto-forno 2, parado para reforma em abril e maio. Apesar das dúvidas em torno da manutenção pelo governo da isenção ou redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o executivo acredita que a demanda deve continuar forte no segmento automobilístico e de eletrodomésticos da linha branca (geladeiras, fogões, lavadoras).

“Estamos em uma situação privilegiada”, afirmou o diretor ao explicar que, com a volta do alto-forno 2, a empresa poderá aproveitar essa recuperação do mercado interno. Ele calcula que a empresa deve registrar vendas na casa dos 1,2 milhão de toneladas de produtos siderúrgicos no terceiro e quarto trimestres, acima do patamar de 947 mil apuradas no segundo trimestre. “Se as exportações também crescerem as contratações podem ser maiores”, adiantou.

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