A crise financeira internacional não está atrapalhando as medidas do governo, que foram adotadas justamente por causa dela. A afirmação foi feita nesta sexta-feira (5) pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge. Segundo ele, novas medidas poderão ser tomadas conforme o andamento das que já estão implantadas.
O ministro disse que as demissões que vêm ocorrendo em grandes empresas são um sinal de desaceleração da economia. Ele ressaltou que as indústrias não estão tendo problemas com crédito porque o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está fazendo grandes esforços e tem recebido novos recursos para o setor. “Devemos terminar o ano com R$ 90 bilhões em empréstimos para as indústrias.”
Miguel Jorge evitou fazer previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) no ano que vem, porque considera difícil estabelecer, neste momento, qualquer estimativa para 2009. “Devemos esperar um pouco mais antes de prevermos, porque neste final de ano temos o efeito da crise e o de redução de atividade econômica normal nos últimos meses do ano”, explicou. “Eu apostaria em algo mais próximo de 3%.”
O ministro reforçou que o governo ainda não pretende conversar com o setor automobilístico sobre possíveis demissões e concessão de férias coletivas. Segundo ele, essa prática é comum no setor como forma de se readequar a novos momentos econômicos. “O setor colocou na semana passada que não vê a possibilidade ou necessidade de fazer demissões no curto e médio prazos.”