Crise não afeta economia brasileira, avalia Credit Suisse

Um possível agravamento da atual volatilidade nos mercados financeiros internacionais terá reflexos no Brasil, mas não deve atingir a economia real. A visão é do diretor-executivo de investment banking do Credit Suisse, José Olympio Pereira. "Se a crise perdurar e a fonte secar, estamos vulneráveis a isso", ponderou.

O executivo destacou que boa parte dos recursos presentes hoje no mercado brasileiro, em especial a Bolsa de Valores, são de investidores institucionais e fundos de hedge (que investem em ativos variados) internacionais, que poderão sofrer com uma maior restrição de liquidez nos Estados Unidos.

Por outro lado, ele ressaltou que a última grave crise que atingiu os mercados, em maio de 2006, não teve reflexos na economia. Pereira lembrou que, durante este período, o Banco Central continuou promovendo reduções da taxa básica de juros (Selic). "Antigamente, a cada soluço o Brasil precisava elevar os juros para manter o capital e não afetar a economia", disse o executivo.

Apesar de ainda depender fortemente de capital vindo do exterior o diretor do Credit Suisse destacou o aumento do fluxo externo de recursos para a Bolsa, principalmente de fundos de ações e multimercados. "Eu não tenho o histórico, mas posso afirmar que a participação do investidor local nas ofertas de ações (IPOs) vem aumentando e tendo uma participação mais relevante", comentou hoje em São Paulo, onde participou da conferência "Brazil 2020: crescimento de longo prazo e estratégias de investimento", promovido pelo Conselho Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri).

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