Rio
– Para o consultor Alberto Borges Matias, da ABM, “não houve crise para o sistema financeiro”. Ele observa que qualquer impacto que os meses de turbulência possam ter tido sobre o crédito do setor privado foi mais do que compensado pela alta rentabilidade obtida pelso bancos com os títulos públicos indexados aos juros básicos ou à taxa de câmbio.No primeiro caso, o sistema financeiro beneficiou-se da “a maior taxa básica de juros real do mundo”, segundo Matias, que é professor da USP. No caso do câmbio, a forte desvalorização encarregou-se de engordar os ganhos das instituições com títulos indexados ao dólar. “Mas este cenário róseo (para os bancos) custou muito ao Tesouro”, ressalva o consultor.
Matias diz ainda que “não é verdade que a despesa operacional dos bancos tenha caído” (uma das conclusões do Relatório de Estabilidade Financeira). Ele observa que o BC faz o cálculo das despesas sobre os ativos, que cresceram apenas pelo aumento da dívida pública, e não por uma intensificação da atividade bancária propriamente dita, mais ligada ao crédito.
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