Crise já respinga na economia real

A crise no mercado financeiro já atingiu em cheio os investidores, especialmente quem se animou nos últimos meses com o bom desempenho da Bolsa e apostou em ações – desde o início da crise, em 26 de julho, a Bolsa caiu 14,26%. Mas ela já começa a respingar na economia real. As empresas importadoras são afetadas pela desvalorização do real, que encarece os produtos comprados lá fora.

O setor exportador, embora se beneficie com a alta do dólar, num primeiro momento, poderá ser prejudicado por redução na demanda se o crescimento mundial se desacelerar. "Os preços internacionais das commodities já estão caindo", diz o professor de economia da PUC Antônio Corrêa de Lacerda. Pequenos empresários, por enquanto, são espectadores da crise, mas também sofrerão se as grandes empresas tiverem de reduzir o passo.

Para o investidor, a continuidade da queda da Bolsa e da alta do dólar e a oscilação mais forte dos juros são fatores de risco. "Esse cenário deve ser observado antes de qualquer movimentação de recursos neste momento", diz o administrador de investimentos Fábio Colombo. Se o investidor estiver com no máximo 20% do capital na Bolsa e o restante em fundos DI, de renda fixa ou na poupança, Colombo recomenda que ele "não se movimente".

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