Em sete dias consecutivos de baixa, o dólar já acumula uma desvalorização de 2,4%. Esta é a maior seqüência de baixa da moeda dos EUA em 11 meses. Ontem, a divisa caiu só 0,13%, cotada a R$ 2,888. A Bovespa registrou alta de 0,48%, fechando em 22.550 pontos e movimento financeiro de R$ 1,329 bilhão.
A tensão com a crise política se dissipou, mas os investidores ainda monitoram de perto o noticiário de Brasília. Foi o terceiro dia da moeda americana abaixo do patamar de R$ 2,90, uma espécie de piso informal.
Isso já alimenta no mercado a expectativa quanto à retomada dos leilões de compra de divisas pelo Banco Central, suspensos desde o dia 5 de fevereiro.
Mas o volume de negócios ainda é baixo no mercado de câmbio. As captações externas foram paralisadas nas últimas semanas por causa da alta do risco-País. Nesse ambiente, reforça-se a avaliação de que o BC deve esperar mais um pouco para voltar a atuar no câmbio. Aos poucos, a liquidez do mercado deve se normalizar.
No horário do fechamento do dólar, o risco brasileiro indicava queda de 2,68%, aos 544 pontos. Já o C-Bond valorizava 0,45%, cotado a 96,875% do valor de face. O Global 40 avançava 0,84%, cotado a 107% do valor de face.
Na avaliação de analistas, o caso Waldomiro Diniz esfriou com a ausência de fatos novos, e a oposição foi acusada pela tropa de choque do governo de se desmoralizar ao criar factóides com denúncias falsas apenas para atrair a atenção da mídia, como ocorreu ontem no Senado. Só a abertura de uma CPI e a renúncia do ministro José Dirceu (Casa Civil) podem voltar a estressar os investidores.
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