Com a proximidade do fim das férias escolares, aumenta a procura pela locação de imóveis de pequeno porte. Para este ano, no entanto, o setor imobiliário está menos confiante quanto à locação para estudantes, se comparado ao desempenho dos meses de fevereiro e março em anos anteriores.
De acordo com o Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR), o aumento da procura por apartamentos de pequeno porte (entre 1 e 2 quartos) não deve ser superior a 20% nos próximos dois meses.
Para o diretor financeiro do Sindicato dos Corretores de Imóveis no Estado do Paraná (Sindimóveis-PR), Marcelo Freitas, a procura por imóveis, historicamente, aumenta nos meses de janeiro a março.
Isso porque, segundo ele, trata-se de uma época em que os calouros das universidades oriundos de outras cidades passam a se preocupar com a moradia a partir das divulgações dos resultados dos vestibulares que acontecem no período. “A procura chega a aumentar 40% na comparação com os outros meses do ano”, afirma.
Contudo, para o vice presidente de administração de imóveis do Secovi-PR, Luiz Valdir Nardelli, a crise financeira deve fazer com que os números de locações para estudantes sejam mais modestos em 2009.
Para ele, os consumidores estão preferindo diminuir custos por conta da instabilidade na economia global. “As pessoas estão preferindo se locomover menos. Não é só o custo do aluguel, existe toda uma estrutura de logística para viabilizar a estadia do estudante em outra cidade ou outro estado”, afirma.
Nardelli explica que a flutuação do desempenho de locações no decorrer do ano já não é mais tão expressiva quanto antes. Para ele, atualmente, o volume de locações se tornou muito linear e quase que homogêneo em todos os períodos.
Segundo Nardelli, o setor imobiliário fechou 2008 com um volume de locações residenciais similar ao volume verificado no ano anterior. “No ano passado, a cidade de Curitiba alugou, em média, 900 imóveis residenciais por mês”. Segundo Nardelli, a média deve se manter em 2009.
Perfil pré-definido
A supervisora de locação da imobiliária Noruega, Marizete Madureira, explica que os estudantes visam um perfil já pré-definido de imóvel. “Eles geralmente procuram apartamentos, pela praticidade de manutenção e próximo ao centro ou às faculdades”.
Segundo Marizete, esse perfil de imóvel responde por uma parcela significativa do capital que o setor movimenta no Estado, já que o preço médios dos aluguéis chega próximo aos R$ 600.