A presidente Dilma Rousseff deixou evidente hoje a sua preocupação com as ações que estão sendo tomadas pelos países desenvolvidos em crise para superar seus problemas. Explicitou que o governo brasileiro está pronto para defender a indústria nacional da competição predatória de competidores estrangeiros. “Estaremos defendendo a indústria, impedindo que os métodos de saída da crise dos países desenvolvidos impliquem na canibalização dos mercados dos países emergentes”, declarou.
A presidente reforçou, ainda, que deseja promover o crescimento econômico do Brasil, com o desenvolvimento de um mercado de massa, mas também com distribuição de riquezas e proteção dos direitos sociais. “Que o mercado de massa cresça. Que o país cresça, mas queremos direitos sociais, proteções sociais, direitos aos idosos. Em seguida, fez uma crítica a países que estão abdicando dessa rede de proteção social como forma de contornar os efeitos da crise atual.
“É óbvio que países que não têm ou que não precisam dessa proteção, e então reduzem essa proteção, jogam na lata de lixo conquistas históricas. Mas estão prestando contas a seu povo”, afirmou, para em seguida destacar que o Brasil não abrirá mão das proteções sociais. “Quero dizer que estamos em outra etapa. Não somos perdulários. Vamos buscar a melhor qualidade possível do gasto público. Vamos buscar com os trabalhadores, empresários”, disse.
As críticas da presidente ocorreram durante a cerimônia de lançamento do “Compromisso Nacional para Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na Indústria da Construção”, encerrado há pouco no Palácio do Planalto.