A crise iniciada em 2008 ainda não chegou ao fim, na avaliação do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, para quem o principal entrave da economia mundial será eliminar o excesso de liquidez injetada no mercado pelos bancos centrais. Embora a recuperação econômica dos Estados Unidos neste momento seja mais acentuada, a aposta de Coutinho é de que, no futuro, os países em desenvolvimento voltarão a liderar o movimento de recuperação econômica global.

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“A crise não está superada ainda. Está em processo. Vemos uma recuperação ainda suave, um pouco mais forte nos Estados Unidos, mas com início muito tênue na Europa”, destacou o presidente do BNDES, que participou, na manhã desta terça-feira, 10, do Fórum Empresarial: América Latina Global 2014 – LAC Global Summit, organizado em São Paulo pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

A situação dos países em desenvolvimento, motor do crescimento mundial entre 2009 e 2011, também foi revertida a partir de 2012. Com isso, o crescimento de países como o próprio Brasil está aquém do esperado. Mas, segundo Coutinho, essa situação não será permanente. “Os países em desenvolvimento serão o vetor de crescimento mundial. É onde estão as possibilidades de rentabilidade”, destacou.

Em relação à injeção de liquidez no mercado pelos bancos centrais mundiais após o início da crise mundial citada por Coutinho acima, ele diz que “é uma tarefa delicada e qualquer barbeiragem pode afetar a taxa de juros de longo prazo. Teremos capítulos emocionantes”, disse em referência ao ritmo da economia mundial nos próximos anos.

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