A diretoria do Banco Central Europeu (BCE) viajará esta semana para Lisboa para uma reunião que certamente será dominada pela crise na Grécia e o medo de que ela possa se espalhar para outros países da zona do euro (que reúne os 16 países que adotam o euro como moeda).

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A escolha de Portugal para a reunião do BCE foi feita há mais de um ano, antes de a crise da Grécia ter estourado e o banco central e outras autoridades da União Europeia terem feito esforços desesperados para garantir os fundamentos do euro.

Os ministros das Finanças da zona doe euro aprovaram um pacote de resgate para a Grécia neste domingo, no valor de 110 bilhões de euros ou US$ 146 bilhões, em troca de um corte rigoroso nos gastos por parte do governo grego. No entanto, o BCE advertiu que Atenas poderá ter de apertar ainda mais o cinto nos próximos anos.

Portugal agora está na linha de frente, principalmente após os mercados embutirem nos preços o país como o próximo na zona do euro a enfrentar problemas de financiamento de dívida. Isso dentro de um cenário em que a taxa de juros da região foi mantida em recorde de baixa de 1% durante todo o último ano e em meio a enormes medidas de suporte monetário adotadas para enfrentar a pior crise da zona do euro. “Comentários sobre a política econômica e sobre o futuro da economia provavelmente serão de menor interesse”, afirmou o analista do UniCredit Nikolaus Keis. As informações são da Dow Jones.

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