A crise da dívida soberana na Europa é séria e não deve ser subestimada, afirmou o diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, em entrevista após uma reunião com o ministro de Finanças da Índia, Pranab Mukherjee. A crise fiscal que começou com a Grécia no início deste ano e agora inclui a Irlanda está ameaçando se espalhar para Portugal e outros países, como Espanha e Itália.

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“Nós não devemos subestimar a importância dessa crise que, na Irlanda, tem origem majoritariamente no setor bancário. Mas eu acho que a decisão que foi tomada vai resolver os problemas do setor e a economia irlandesa vai voltar ao caminho certo rapidamente”, disse Strauss-Kahn, referindo-se à ajuda oferecida pela União Europeia e o FMI ao país no último domingo.

“Por um lado é possível dizer que não é um problema tão grande porque economias pequenas como Grécia e Irlanda são apenas 1% do PIB da zona do euro”, disse Strauss-Kahn. No entanto, observou, pequenas economias podem causar danos globais graves, já que as ligações econômicas estão cada vez mais fortes.

Algumas economias não estão muito longe da beira do abismo e precisam manter ou voltar para uma situação fiscal melhor, afirmou a autoridade. “Portanto, toda a zona do euro agora tem de lidar com uma consolidação fiscal no médio prazo”. Strauss-Kahn disse que alguns países avançados precisam de planos fortes de consolidação de médio prazo e outros precisam melhorar sua situação fiscal.

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“Eu vou participar da reunião (de ministros de Finanças da zona do euro) na segunda-feira em Bruxelas e eu acho que eles têm cuidado da situação na Europa da forma correta”, disse.

Alertando para o fato de que a recuperação econômica global ainda permanece desigual e frágil, Strauss-Kahn destacou que é preciso sustentar a recuperação. As informações são da Dow Jones.

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