O comportamento do Indicador do Nível de Atividade (INA) da indústria paulista, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e pelo Departamento de Economia do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), é preocupante, segundo o diretor do Departamento de Economia do Ciesp, Antonio Corrêa de Lacerda. Em maio, o indicador variou 0 9% ante abril e 2,3% ante maio de 2006. De acordo com Lacerda, o INA acumulado em doze meses registrou alta de 3%, uma recuperação muito pequena diante do crescimento econômico verificado no primeiro trimestre e que vem se mantendo.

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"O INA não mostra nenhum quadro de recuperação forte, a não ser que se faça uma grande mudança cambial, coisa que também não virá", afirmou o economista. O INA de doze meses acumulado até novembro do ano passado, quando a economia estava mais fraca, era de 2,8%. Na avaliação de Feres Abujamra, diretor da Fiesp, o quadro econômico é de franca recuperação, mas o câmbio impõe limites para o crescimento da indústria.

Entre os destaques da pesquisa está o setor de veículos automotores, que cresceu 2,3% em maio sobre abril, na série com ajuste sazonal. Também foi bastante positivo o INA de maio para o setor de máquinas e equipamentos (4,5% ante abril). Na ponta negativa, destaque para a fabricação de celulose, papel e produtos de papel, cujo INA recuou 3% no mês passado sobre abril.

Os diretores da Fiesp e do Ciesp consideram que as medidas do governo para estimular a indústria são insuficientes para recuperar a atividade, já que as importações continuam em alta, disputando mercado com o produto nacional.

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Nuci

As entidades também divulgaram que o nível de utilização da capacidade instalada (NUCI) da indústria paulista avançou para 83,7% em maio. Em abril, o indicador estava em 81,9%. O setor que opera mais próximo ao limite é a metalurgia básica, com Nuci de 94,8% em maio.

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