As estimativas preliminares sobre o desempenho da economia paranaense apontam para um crescimento de 6,0% em 2007, atingindo o valor de 145,64 bilhões de reais.
Caso se confirme, o crescimento será superior ao obtido pela economia brasileira, com taxa de 5,4%, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística – IBGE .
Um dos fatores, que levou ao bom desempenho da economia paranaense em 2007 foi o aumento produção dos principais produtos da agropecuária, com crescimento de 25,5% na produção de soja, 54,7% no trigo,18,3% no milho e 35% na cana-de-açúcar. Outro fator, foi a expansão da indústria automobilística e da indústria de máquinas e equipamentos, com 30,05% e 21,4% respectivamente.
Agropecuária
Na safra 2006/2007, segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a produção paranaense de grãos totalizará 29,2 milhões de toneladas, o que representa aumento de 21,7% em relação à temporada 2005/2006, quando foram colhidas 24,0 milhões de toneladas.
A soja e o milho, produtos que são representativos na pauta agrícola, deverão registrar incrementos produtivos de 25,5% e 18,3%, respectivamente, sendo os principais responsáveis pela elevação da renda no meio rural.
Indústria
Passando à performance do setor manufatureiro, observa-se aumento de 6,7% da produção física industrial no acumulado de janeiro a dezembro de 2007.
Tal desempenho pode ser atribuído principalmente às indústrias de veículos automotores, máquinas e equipamentos, cujas taxas de crescimento da produção alcançaram 30,05% e 21,4%, respectivamente.
Comércio
Por fim, em relação ao setor terciário, constata-se notável crescimento do comércio. Segundo o IBGE, o volume de vendas do comércio varejista do Paraná avançou 6,9% no acumulado de janeiro até o mês de dezembro.
Como é feito o cálculo
Rio (das agências) – O PIB (Produto Interno Bruto) é um dos principais indicadores de uma economia. Ele revela o valor de toda a riqueza gerada no país. O cálculo, no entanto, não é tão simples. Imagine que o IBGE queira calcular a riqueza gerada por um artesão. Ele cobra, por uma escultura, de madeira, R$ 30. No entanto, não é esta a contribuição dele para o PIB.
Para fazer a escultura, ele usou madeira e tinta. Não é o artesão, no entanto, que produz esses produtos – ele teve que adquiri-los da indústria. O preço de R$ 30 traz embutido os custos para adquirir as matérias-primas para seu trabalho.
Assim, se a madeira e a tinta custaram R$ 20, a contribuição do artesão para o PIB foi de R$ 10, não de R$ 30. Os R$ 10 foram a riqueza gerada por ele ao transformar um pedaço de madeira e um pouco de tinta em uma escultura.
O IBGE precisa fazer esses cálculos para toda a cadeia produtiva brasileira. Depois de fazer essas contas, o instituto soma a riqueza gerada por cada setor, chegando à contribuição de cada um para a geração de riqueza e, portanto, para o crescimento econômico.
O PIB é formado pelas somas das riquezas geradas pela indústria, agropecuária e setor de serviços, mas também pode ser analisado a partir do consumo, ou seja, pelo ponto de vista de quem se apropriou do que foi produzido. Nesse caso, ele é dividido pelo consumo das famílias, pelo consumo do governo, pelos investimentos feitos pelo governo e empresas privadas e pelas exportações.