As leituras do PMIs de abril, embora estáveis, embutem sinais de fraqueza na economia e podem pressionar o governo em Pequim a adotar novos estímulos nos próximos meses, afirmaram analistas de mercado.
Segundo dados divulgados esta madrugada pelo Escritório Nacional de Estatísticas, o índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial da China ficou estável em maio, em 51,2, ao passo que o PMI, na sigla em inglês de serviços subiu a 54,5 em maio de 54 em abril.
“A repressão regulatória dos agentes do governo sobre os riscos financeiros no país têm pressionado o crescimento do crédito, então será difícil evitar uma desaceleração nos próximos meses”, afirma Julian Evans-Pritchard, da Capital Economics, notando que o crescimento das exportações ajudou a compensar a queda na demanda doméstica.
Para Liu Xuezhi, do Bank of Communications, sublinha que o subíndice de produção do PMI industrial oficial caiu pelo segundo mês consecutivo, ao passo que os preços de entrada e saída também enfraqueceram. “Isso significa que tanto a oferta como a demanda começaram a desacelerar”, afirma em relatório a clientes, sublinhando também o papel das exportações, que ainda se mostram robustas.
Para o Citibank, o crescimento da fiscalização dos reguladores sobre as atividades de crédito tem afetado as decisões de investimento das empresas. Em nota, analistas do banco dizem esperar que o Banco Central Europeu (BCE) pode reduzir o compulsório bancário para reduzir os impactos da atividade reguladora sobre os custos de empréstimo.
Já o australiano ANZ espera que os investimentos em infraestrutura liderem o apoio ao crescimento nos próximos meses. “Uma aceleração robusta do investimento em ativos fixos deve dar algum apoio ao crescimento no segundo trimestre, fazendo com que o Produto Interno Bruto (PIB) em doze meses chegue a 6,6% no fim de junho, acima da meta oficial de 6,5%”, escrevem.(Marcelo Osakabe, com informações da Dow Jones Newswires)