Crescem as reclamações contra agências de emprego

Quem está à procura de emprego vem buscando junto a agências especializadas em recursos humanos, recolocação de mão-de-obra, classificados e internet conseguir uma vaga. Empresas ofertando estes serviços estão se multiplicando, assim como crescem os atendimentos sobre este assunto no Procon-PR. No acumulado de 8 meses deste ano, de acordo com o coordenador Naim Akel, houve um crescimento de 123% nos registros desta prestação de serviço, 107 solicitações contra 48 no mesmo período do ano anterior. Este número já supera, inclusive, as 91 consultas efetuadas junto ao Procon durante todo o ano de 2001.

“Os principais questionamentos referem-se a contratos -não-cumprimento e cancelamento – e a serviços não-executados”, explica o coordenador. Também integram a lista a má prestação do serviço e a propaganda enganosa. Na realidade, na sua maioria, estes atendimentos são queixas sobre a promessa, não-cumprida, da vaga no mercado de trabalho, não-inclusão de currículo em publicações e internet e não-agendamento de entrevistas”.

Entre os serviços ofertados estão a busca de executivos por parte de empresas; a recolocação de profissionais; e o auxílio a desempregados, em que a pessoa que procura o emprego paga pelo serviço. “Quando uma pessoa contrata os serviços de uma agência de empregos ou recursos humanos, um contrato deve ser assinado”, enfatiza Akel. “Este documento deve discriminar tudo o que vai ser feito pela empresa. Não assine o contrato sob pressão e exija uma prestação de contas de todos os serviços durante a sua vigência.”

Outras recomendações do coordenador incluem a busca de informações de quem já utilizou o serviço e a pesquisa de preços, pois além da cobrança de taxas as empresas incluem o pagamento de honorários caso o objeto contratual seja cumprido e este pode chegar a percentuais bem elevados.

Classificados

O Procon orienta também a quem procura trabalho por meio de classificados, ou mesmo pela internet, que desconfie de promessas de empregos fáceis e rápidos, pois algumas das vagas anunciadas podem nem existir. Muitas vezes, ao anunciante interessa arrecadar a maior quantidade de taxas depositadas em bancos ou vale postal para, em seguida, desaparecer e o interessado não chega a receber o material para trabalhar em casa.

É preciso ficar atento a empresas que apresentam em seus anúncios apenas um endereço na internet, uma caixa postal ou número de conta bancária, sem nome ou identificação. É conveniente saber onde ela funciona e o nome do responsável. Embora existam empresas sérias ofertando este tipo de prestação de serviço, mesmo com o nome do fornecedor, é aconselhável tomar cuidado porque, em outra modalidade, o Procon já teve reclamações de que o consumidor recebeu produtos para vender mas, posteriormente, não conseguiu desfazer-se deles e nem pagar a conta apresentada.

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