O porcentual das famílias inadimplentes que não tinham condições de quitar suas dívidas (ou seja, permaneceriam com as contas em atraso) aumentou em três das cinco regiões brasileiras no ano passado, apurou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O maior nível foi observado no Sul, em 8,8%, ante 7,5% em 2012. Na mesma região, foi registrado o maior porcentual de famílias endividadas (76,0%).

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O Sul também registrou o maior tempo médio de atraso: 63,9 dias, contra 59,4 dias na média nacional. Além disso, 48,7% das famílias disseram ter contas com atraso superior a 90 dias em dezembro de 2013.

As outras duas regiões que registraram avanço no porcentual de famílias que permaneceriam inadimplentes no fim de 2013 foram Sudeste (6,7% para 7,2%) e Centro-Oeste (4,6% para 5,5%). A média nacional para este indicador caiu a 6,9% no ano passado, de 7,1% em 2012.

Houve redução dos endividados que permaneceriam inadimplentes no Nordeste (8,7% para 7,4%). A região registrou ainda estabilidade no nível de inadimplência, embora boa parte da dívida seja de curto prazo (até 3 meses). No Norte, também houve recuo entre os que manteriam as contas em atraso (5,7% para 3,4%), apesar de a região ter avançado na inadimplência a ponto de ser a maior do País (25,9%).

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Muito endividados

No Sul, onde o endividamento das famílias é o maior entre as regiões, a parcela de famílias que se dizem muito endividadas chegou a 16,3% no ano passado, também o nível mais elevado do País. O cartão de crédito (74,0%) é a principal modalidade de dívida contraída pelos consumidores dessa região, seguida de financiamento de carro (12,6%) e carnês (10,6%). O financiamento da casa, tido como uma dívida de maior qualidade e de prazo mais alongado, foi mais encontrado no Centro-Oeste (9,3%) e, em menor medida, no Nordeste (2,5%).

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