Em 2007, o Paraná gerou 122,4 mil empregos formais, representando 7,6% de participação do total de empregos gerados no Brasil, no mesmo ano. Este resultado foi praticamente o dobro do verificado em 2003, que foi de 62,4 mil novos postos. A maior parte, representando 76,4% destas vagas, foi ocupada por jovens de até 24 anos, a maioria com segundo grau completo. Cerca de dois terços destes empregos concentraram-se em dezesseis ocupações.
Estes são os dados de uma pesquisa realizada pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social – Ipardes – com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Em 2007, o mercado de trabalho paranaense recuperou seu dinamismo, voltando a crescer praticamente no mesmo patamar de 2004, ano em que atingiu o recorde na geração de emprego formal (122,6 mil).
Do aumento de 122,4 mil postos de trabalho no ano passado, 46,3 mil, a maior parcela, foi gerada na indústria de transformação (37,8%), seguida dos 31,0 mil postos nos serviços (25,3%), dos 30,5 mil nas atividades comerciais (24,9%), dos 8,0 mil na construção civil (6,55%) e dos 5,8 mil na atividade agropecuária (4,7%).
Faixa etária
Cerca de 93,4 mil (76,4%) das vagas estiveram concentradas nas idades mais jovens, de até 24 anos. Cerca de 28,6 mil (23,4%) na faixa entre 25 e 39 e 1,7 mil (1,3%) nas idades entre 40 e 64 anos.
Nas faixas etárias mais avançadas, acima de 65 anos, houve uma redução de 1,3 mil postos de trabalho. Destas pessoas, somente 164 deixaram o mercado por aposentadoria e 119 por morte, sendo que a maior parte (54%) deixou o mercado por demissão sem justa causa.
Escolaridade
Segundo a escolaridade, 65,5 mil (53,5%) dos novos empregos gerados, eram de trabalhadores que possuíam o segundo grau completo, 15,8 mil (12,9%) o segundo grau incompleto e 13,8 mil (11,3%) a oitava série completa, ou seja, uma inserção de trabalhadores com maior escolaridade.
Concentração
Dos trezentos e noventa e nove municípios paranaenses do Estado, vinte e um foram responsáveis por dois terços do aumento do emprego ocorrido em 2007, quais sejam: Curitiba (30,1 mil postos, 25,0%), Londrina (6,0 mil postos, 4,9%), Maringá (5,9 mil postos, 4,8%), São José dos Pinhais (5,9 mil postos, 4,8%), Cascavel (4,5 mil postos, 3,6%), Ponta Grossa (4,0 mil postos, 3,3%), Pinhais (3,3 mil postos, 2,7%), Colombo (2,9 mil postos, 2,4%), Arapongas (2,0 mil postos, 1,7%), Toledo (1,9 mil postos, 1,6%), Rolândia (1,8 mil postos, 1,5%), Araucária (1,5 mil postos, 1,2%), Bandeirantes (1,4 mil postos, 1,1%), Foz do Iguaçu (1,4 mil, 1,1%), Campo Mourão (1,3 mil postos, 1,1%), Cianorte (1,3 mil postos, 1,0%), Umuarama (1,2 mil postos, 1,0%), Pato Branco (1,2 mil postos, 1,0%), Francisco Beltrão (1,1 mil postos, 0,9%), Ibaiti (1,1 mil postos, 0,9%) e Paranaguá (1,1 mil postos, 0,9%).
Considerando-se somente os municípios de destaque em termos de geração de emprego, a Região Metropolitana de Curitiba – RMC – foi responsável por aproximadamente um terço do crescimento do emprego estadual em 2007.
Remuneração também é maior
O salário médio de admissão dos trabalhadores paranaense em 2007 foi de R$ 588,79. Associando-se esta remuneração aos 122,4 mil postos de trabalho gerados no período, estima-se que o crescimento da massa salarial (soma dos salários) na economia paranaense neste período foi de cerca de R$ 72 milhões. Os admitidos com 65 anos ou mais foram contratados com salários, em média, 25,3% menores que os desligados. Enquanto que os que possuíam até 24 anos foram admitidos com salários, em média, 3,3% menores que os desligados na mesma faixa etária.
De modo geral, o desempenho positivo do emprego esteve concentrado, basicamente, em ocupações ligadas às atividades industriais, do comércio e serviços. Mesmo na indústria houve um crescimento expressivo de ocupações não vinculadas diretamente às linhas de produção, tais como cozinheiros, mantenedores de edificações e operadores do comércio.