Brasília – As contas dos estados e o bom desempenho das empresas estatais fizeram crescer o superávit primário (diferença entre receita e despesas, sem contar gastos com juros da dívida), melhorando o resultado geral das contas públicas. O setor público consolidado (União, empresas estatais e governos regionais) registrou em julho um superávit de R$ 3,981 bilhões. Houve um crescimento de 47% em relação aos R$ 2,714 bilhões de julho de 2001. O aumento do superávit no mês passado foi conseguido em grande parte pelo resultado de R$ 1,892 bilhão da Petrobras, dos governos estaduais e das prefeituras.
– Os governos estaduais e municipais vêm se mantendo bem. As estatais federais, sobretudo a Petrobras, atingiram R$ 1,234 bilhão no mês, revertendo os déficits no começo do ano – afirmou o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes.
O governo não tem folga para gastos extras este ano. O superávit primário acumulado nos últimos 12 meses está em R$ 43,406 bilhões, ou 3,48% do PIB, pouco abaixo dos 3,75% do PIB previstos no acordo com o FMI. Nos sete primeiros meses do ano, o superávit está em R$ 32,882 bilhões, bem próximo da meta de R$ 34,1 bilhões prevista para setembro. Altamir não adiantou se a meta será reduzida devido às projeções de menor crescimento da economia em 2002.
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