São Paulo

  – Os supermercados conseguiram em outubro reverter os resultados negativos que vinham acumulando este ano em relação a 2001. Até setembro, o faturamento do setor estava 0,36% abaixo do ano passado. Com o bom desempenho em outubro, passou para 0,55% positivo. Embora a expectativa para novembro e dezembro seja de continuidade da recuperação das vendas com o pagamento do 13.º salário, o faturamento deve crescer apenas 1% em 2002. Isto porque o mês de novembro, segundo avaliações preliminares, não manterá a performance de outubro. Em dezembro, a estimativa é de um acréscimo de 2%.

No mês passado, as vendas cresceram, em números já deflacionados, 8,64% em relação ao mesmo mês de 2001, de acordo com o levantamento mensal da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Em relação a setembro, houve aumento de vendas de 7,93%.

A melhora dos resultados em pleno mês de intenso reajuste de preços está relacionada ao maior número de dias úteis e ao Dia das Crianças, segundo avaliação da entidade. Também contribuíram a base de comparação fraca, a liberação da correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), as inaugurações de lojas e as promoções das redes.

Inflação

A cesta de 35 produtos cujos preços são acompanhados pela Abras registrou alta de 3,23% nos preços em outubro, passando de R$ 154,07 em setembro para R$ 159,05. Em relação a outubro de 2001, a alta foi de 3,55%. Os maiores aumentos foram da farinha de trigo (13,13%), do spaguetti sêmola (10,11%) e do açúcar (9,95%). As maiores reduções de preço foram do tomate (11,34%), do feijão (0,72%) e do queijo mozarela (-0 54%).

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