Cresce o desemprego na Grande Curitiba

A taxa de desemprego aumentou na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), passando de 7,2% em janeiro para 7,9% em fevereiro. Com isso, o número estimado de pessoas desocupadas e procurando trabalho cresceu de 106 mil para 119 mil. Em fevereiro do ano passado, eram cerca de 128 mil pessoas nesta situação. Os dados fazem parte da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada ontem pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

Na comparação com as outras seis regiões pesquisadas pelo IBGE, a RMC e a região do Rio de Janeiro tiveram a segunda menor taxa de desemprego, perdendo apenas para a região de Porto Alegre (7,5%). A taxa nacional ficou em 10,1%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: Belo Horizonte (9,1%), São Paulo (10,5%), Salvador (13,6%) e Recife (15,9%).

Conforme o levantamento, a indústria extrativa e de transformação e a construção civil apresentaram queda no nível de emprego, de 2,2% e 1%, respectivamente. Já as atividades que registraram aumento do nível de emprego em fevereiro, na comparação com janeiro, foram comércio, reparação de veículos automotivos e de objetos pessoais e domésticos, e comércio varejista de combustíveis, com alta de 4,3%; administração pública, defesa, seguro social, educação, saúde e serviços sociais, com crescimento de 0,5%; serviços domésticos (2,1%) e outros serviços – alojamento, transporte, limpeza urbana e serviços pessoais -, com crescimento de 1,7%. O único grupo que não apresentou variação, comparativamente a janeiro, foi ?intermediação financeira e atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas?.

Em relação a fevereiro de 2005, as atividades que registraram as maiores variações foram ?outros serviços? – com crescimento de 14% -, e construção civil, com queda de 12,8%.

Registro em carteira

Em fevereiro, o número de pessoas ocupadas na Grande Curitiba foi estimado em 1,376 milhão, variando 0,7% em relação ao mês de janeiro de 2006 e 2,9% em relação ao mês de fevereiro do ano anterior. Do total de pessoas ocupadas em fevereiro de 2006, 74,7% estavam na condição de empregados, 19% trabalhavam por conta própria e 4,6% eram empregadores.

Considerando a forma de inserção do trabalhador no setor privado, a variação no número de empregados com carteira assinada (2,4%) e sem carteira assinada (4,5%) não foi estatisticamente significativa em relação ao mês anterior. Na comparação com fevereiro de 2005, o número de empregados com carteira assinada apresentou crescimento significativo de 7,7%, representando 46 mil pessoas a mais nesta condição.

Quanto ao rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas, o Ipardes revela que houve aumento no valor, passando de R$ 928,33 (janeiro/06) para R$ 956,20 (fevereiro/06). Comparativamente ao mês de fevereiro de 2005, apresentou redução de 2,6%.

Empregos formais

O Paraná gerou em fevereiro 14.601 novos empregos formais. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, o resultado foi 112% maior que o verificado em janeiro, quando foram registrados 6.864 novos postos de trabalho com carteira assinada. Também superou em 59% os números de igual mês do ano passado, quando o Estado criou 9.147 empregos formais.

O levantamento de fevereiro revela ainda que o desempenho do Estado representou uma taxa de crescimento de 0,82% sobre o total de trabalhadores paranaenses com carteira assinada, estimado em cerca de 1,790 milhão. No Brasil, onde o número de novos empregos no mês foi de 176.632, a taxa de crescimento foi inferior à do Paraná: 0,68%.

No acumulado do ano (dois primeiros meses), já são 21.465 novos empregos formais no Paraná. Desse total, 12.961 empregos (ou 60,5%) foram verificados no interior. Outros 8.484 empregos (39,5%) foram gerados na Região Metropolitana de Curitiba.

O crescimento dos dois primeiros meses do ano é atribuído principalmente à recuperação de postos de trabalho na área de serviços (8.321), na indústria (6.674) e na construção civil (2.789). Para o governo do Paraná, ações com isenção do ICMS ao microempresário, redução do imposto para o pequeno empresário, isenção de imposto dos produtos da cesta básica e redução de impostos de insumos da construção civil têm colaborado.

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