A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça apresentou nesta segunda-feira, 23, o balanço das campanhas de recalls no País em 2014, com um total de 120 casos. O número é superior ao registrado em 2013, quando foram 109 campanhas e quase o dobro da quantidade de 2012, quando houve 67 casos.

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“O número de campanhas no Brasil aumentou, mas ainda é baixo quando comparado com outras regiões. Nos Estados Unidos, foram 1.580 casos em 2014 e na União Europeia foram 2.755”, avaliou a titular da Senacon, Juliana Pereira. O crescimento das averiguações realizadas pelo órgão também aumentou significativamente no ano passado, chegando a 309 ocorrências, ante 206 em 2013 e apenas 58 em 2012.

“Fazemos o monitoramento diário de bancos de dados internacionais de segurança de produtos para pesquisar o que acontece no mundo, além de acompanharmos a mídia nacional e as denúncias de consumidores. As próprias empresas são incentivadas a notificarem casos de recall junto à Secretaria”, afirmou Juliana.

Das 309 averiguações iniciadas no ano passado, 91 se originaram pela pesquisa dos bancos de dados internacionais, 100 surgiram pelo monitoramento da mídia nacional ou pelas denúncias de consumidores, 53 casos foram notificados por órgãos de defesa dos consumidores e os demais 66 foram encaminhadas pelas próprias empresas.

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Em 2014, 1,380 milhão de automóveis foram objeto de recall no País, em 78 campanhas. No ano anterior, foram afetados 656.827 veículos, em 61 campanhas. No setor de bebidas, a quantidade de produtos defeituosos caiu para 309.030 em 2014 depois de chegar a 1,837 milhão em 2013.

A cada 60 dias, os fabricantes devem apresentar à Senacon relatórios sobre a quantidade de produtos efetivamente trocados ou reparados. Mesmo com campanhas bem realizadas, na avaliação do Ministério, alguns casos alcançam pouco sucesso com o público. Por isso, o órgão irá realizar ações de orientação e sensibilização do consumidores. “O nosso objetivo é promover um debate sobre a efetividade dos recalls, para melhorar os índices de atendimento”, completou a secretária.

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