A inadimplência das empresas no País aumentou nos primeiros dez meses de 2006. De acordo com levantamento divulgado ontem pela Serasa, houve crescimento de 8% no indicador, que considera variações registradas no número de cheques sem fundos, títulos protestados e dívidas vencidas com instituições financeiras, na comparação com o período acumulado de janeiro a outubro de 2005.

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Em outubro, o estudo da Serasa apontou movimentos distintos: em relação a setembro de 2006, houve alta de 1,8% na inadimplência; na comparação com outubro de 2005, foi verificada diminuição de 3,6%.

Segundo a companhia de análise de crédito, influenciaram no aumento da inadimplência das pessoas jurídicas a permanência das taxas elevadas de juros, em termos reais; o câmbio valorizado, que afetou a rentabilidade das empresas exportadoras; e a inadimplência dos consumidores, para as empresas que não possuem metodologia adequada de concessão de crédito.

Apesar do crescimento da inadimplência até outubro, a Serasa ressaltou que a variação verificada ocorreu em uma proporção inferior ao crédito concedido às empresas no mesmo período.

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A Serasa informou também que, entre as modalidades pesquisadas, os títulos protestados mantiveram a liderança no ranking da inadimplência em outubro, com a maior participação (39,7%) entre as empresas, ante 41% do mesmo mês do ano passado, e com valor médio de R$ 1.393,57 das anotações negativas no final dos primeiros dez meses de 2006.